tag:blogger.com,1999:blog-64695717995925666772024-03-14T02:11:59.582-03:00Amadurecendo Com SaúdeDr. Maurício RangelAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.comBlogger146125tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-36794596643479404142015-04-27T16:03:00.000-03:002015-04-27T17:41:02.299-03:00Como prever as aptidões motoras da criança com paralisia cerebral?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-TKGmoeY8JmI/VT6GLIamyuI/AAAAAAAAC8w/hhn5nOqku_A/s1600/cerebral.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-TKGmoeY8JmI/VT6GLIamyuI/AAAAAAAAC8w/hhn5nOqku_A/s1600/cerebral.jpg" /></a></div>
<br />
As crianças com paralisia cerebral apresentam sequelas motoras, maiores ou menores, na dependência da extensão da lesão no sistema nervoso central.<br />
<br />
Sabemos que a lesão no sistema nervoso central é estática, crônica e não progressiva determinando distúrbios do movimento, coordenação motora, força e equilibrio.<br />
<br />
Sabemos também que as repercussões motoras musculoesqueléticas, tem comportamento progressivo pois, a história natural dos músculos espásticos (hipertônicos), é para o surgimento de encurtamentos e deformidades fixas das articulações que, vão determinar a piora motora da criança.<br />
<br />
Não significa dizer que a lesão no sistema nervoso central piorou, apenas estamos querendo dizer que as repercussões motoras esqueléticas pioram com o crescimento da criança.<br />
<br />
Por que isso ocorre?<br />
<br />
Sabemos que os músculos comprometidos pela espasticidade (hipertonia), não relaxam adequadamente e, por isso, tem uma velocidade de crescimento menor do que os ossos, gerando assim, encurtamentos musculares e o surgimento de deformidades com diminuição na amplitude de mobilidade das articulações.<br />
<br />
A deformidade articular e a diminuição da amplitude de movimento articular terão repercussão negativa na locomoção da criança.<br />
<br />
É fato que os músculos espásticos, embora com tônus muscular aumentado, tem diminuição na força.<br />
<br />
Sabemos que, com o crescimento da criança, seu peso corporal também aumenta e, essa combinação de fatores: Músculos espásticos fracos, deformidades articulares e ganho de peso corporal da criança, dificultam a sua locomoção e, consequentemente ocorre a piora do ponto de vista motor.<br />
<br />
A criança com paralisia cerebral tem uma demora no ganho de aptidões motoras. Precisam ser estimuladas para que ganhem algumas aptidões e, o limite desse ganho, é dependente do grau de lesão do sistema nervoso central.<br />
<br />
Podemos fazer um prognóstico motor para as crianças com paralisisa cerebral. Por volta dos 6 anos de idade, a maioria das crianças com paralisia cerebral tem maturidade motora do sistema nervoso central, ou seja, suas aptidões motoras máximas foram atingidas e, a partir deste momento, tendem a entrar numa fase de estabilidade motora, se tratadas adequadamente.<br />
<br />
Se não forem tratadas, tendem a apresentar piora motora progressiva, pelos motivos citados acima.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-g2DtFQuJOfc/VT6GTt9YjPI/AAAAAAAAC84/v54Si4PWHhA/s1600/K_CP1.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-g2DtFQuJOfc/VT6GTt9YjPI/AAAAAAAAC84/v54Si4PWHhA/s1600/K_CP1.gif" height="115" width="320" /></a></div>
<br />
O prognóstico motor na paralisia cerebral é estabelecido pelo sistema de classificação motora funcional grosseira (GMFCS). Trata-se de uma classificação em 5 grupos (níveis) que, tem por objetivo estabelecer o planejamento do tratamento ortopédico e as expectativas motoras futuras da criança em questão:<br />
<br />
GMFCS 1 - São crianças que caminham independente dentro e fora de casa. Sobem escada sem usar o corrimão, conseguem correr e pular mas tem leve comprometimento no equilibrio, velocidade e coordenação.<br />
GMFCS 2 - Também caminham independente dentro e fora de casa mas, usam o corrimão para subir escadas, não correm ou pulam, tem dificuldade de caminhar em terrenos irregulares e inclinados.<br />
GMFCS 3 - Caminham dentro e fora de casa com andadores ou muletas, desde que em terrenos planos. Usam cadeira de rodas manuais para deslocamentos de maiores distâncias fora de casa e em terrenos irregulares.<br />
GMFCS 4 - São cadeirantes dentro de casa, na escola e na comunidade. Sustentam a cabeça e tem marcha apenas assistida (pelo fisioterapeuta ou cuidador), por pequenas distâncias.<br />
GMFCS 5 - São cadeirantes, não sustentam a cabeça e tronco e tem grande comprometimento motor.<br />
<br />
<b>Cada grupo tem um comportamento estável ao longo do tempo, desde que a criaça seja tratada adequadamente.</b><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Ni0rcoH8lnM/VT6GEbq0LrI/AAAAAAAAC8o/ANM8GPq1ksg/s1600/gmfcs.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-Ni0rcoH8lnM/VT6GEbq0LrI/AAAAAAAAC8o/ANM8GPq1ksg/s1600/gmfcs.JPG" height="320" width="251" /></a></div>
<br />
<b>É importante saber que o tratamento ortopédico não consegue mudar o nível da classificação motora de cada criança, ou seja, uma vez que a criança seja classificada como nivel 4 por exemplo (cadeirante), mesmo com todas as modalidades de tratamento existentes, a criança não passará a ser um nivel 3 ou 2.</b><br />
<br />
O objetivo do tratamento ortopédico é o de manter a criança dentro do seu nivel motor ao longo do tempo e, com isso, impedindo a história natural de piora progressiva ao longo do tempo.<br />
<br />
Portanto, nas ciranças cadeirantes, GMFCS 4 e 5 os objetivos do tratamento cirúrgico ortopédico são os de permitir a criança sentar bem na cadeira, proteger os quadris, mantendo-os congruentes, sem dor e com boa mobilidade, manter a coluna livre de deformidades permitindo um bom posicionamento do tronco para sentar na cadeira de rodas, corrigir deformidades dos pés para que usem órteses e calçados adequados e, se possivel, permitir o ortostatismo terapêutico com extensores de joelho e órteses AFO.<br />
<br />
Para as crianças com GMFCS 3, os objetivos são os de correção cirúrgica das deformidades em quadris, joelhos e pés com o intuito de preservar a capacidade de locomoção com andadores ou muletas por maior período de tempo possivel, mesmo com o crescimento esqueletico da criança.<br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel (Ortopedista Pediátrico)<br />
<br />
Para marcar consulta o tel do consultório é (21) 3264-2232.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-13165185460349192012015-01-30T12:18:00.003-02:002015-01-30T12:18:25.735-02:00Tratando dos joelhos da criança com paralisia cerebral.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-O7A59gTPNe4/VMohdWiJzJI/AAAAAAAAC7c/QEg-wFo0UzI/s1600/screenshot2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-O7A59gTPNe4/VMohdWiJzJI/AAAAAAAAC7c/QEg-wFo0UzI/s1600/screenshot2.png" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
O acometimento dos joelhos na criança com paralisia cerebral é muto comum.<br />
<br />
A espasticidade (hipertonia) da musculatura posterior da coxa determina o surgimento de deformidades.<br />
<br />
Antes de mais nada, é preciso que o leitor entenda que a musculatura posterior da coxa realiza duas funções principais. A primeira vem a ser o movimento de flexão dos joelhos e a segunda, o movimento de extensão dos quadris.<br />
<br />
Quando esta musculatura está espástica (hipertônica), fica fácil entender, pelo exposto acima, que a criança apresentará os seguintes problemas, deformidade em flexão dos joelhos que vai promover dificuldade para o posicionamento ereto, seja para ortostatismo terapêutico ou para a marcha, naquelas que tem essa aptidão motora (veja foto abaixo)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-5MmFxoxLfdI/VMogK8zPC5I/AAAAAAAAC7I/Yo5hkXOnAiI/s1600/crouch.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-5MmFxoxLfdI/VMogK8zPC5I/AAAAAAAAC7I/Yo5hkXOnAiI/s1600/crouch.jpg" /></a></div>
<br />
Para que a criança possa ficar ereta (em pé) e caminhar, adequadamente, é preciso que os joelhos tenham capacidade de extensão completa. Com a deformidade em flexão, a criança tolera menos a postura ereta e a sua marcha se torna ineficiente para maiores distâncias.<br />
<br />
<b>Chamamos de marcha com os joelhos fletidos, toda criança que tem espasticidade e incapacidade de extensão completa dos joelhos, quando esta com os pés apoiados no solo (fase de apoio da marcha).</b><br />
<br />
Caminhar com joelhos fletidos torna-se muito dificil pois, o quadríceps (músculo da frente da coxa) entra em fadiga precoce e com isso, observamos o <b>progressivo agachamento da criança e a consequente incapacidade para locomoção.</b><br />
<br />
A longo prazo, a deformidade em flexão dos joelhos vai determinar sobrecarga do quadríceps (músculo da frente da coxa), com tração exagerada nas estruturas vizinhas, na tentativa de manter a criança ereta e, assim, haverá uma sobrecarga mecânica no tendão patelar e patela (osso da frente do joelho) com desenvolvimento de <b>dor no polo inferior da patela e, em casos não tratados, até fratura pos estresse do polo inferior da patela.</b><br />
<br />
<b>O surgimento de dor na frente dos joelhos é mais um fator para determinar a dificuldade em manter a criança ereta e sua locomoção.</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-C5xeGEsRmo8/VMohkvc-FEI/AAAAAAAAC7k/HqLWMowzfcg/s1600/K_CP1.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-C5xeGEsRmo8/VMohkvc-FEI/AAAAAAAAC7k/HqLWMowzfcg/s1600/K_CP1.gif" height="115" width="320" /></a></div>
<br />
A deformidade em flexão dos joelhos pode surgir, não só pela hipertonia da musculatura posterior da coxa como também, pode ser <b>secundária a deformidade em flexão dos quadris ou a deformidade em equino dos pés.</b><br />
<br />
Outro fator importante a ser considerado, quando diante de uma criança com deformidade em flexo dos joelhos, vem a ser o enfraquecimento excessivo da panturrilha, em pacientes que foram submetidos a <b>alongamento do tendão de Aquiles, com técnicas que levaram a enfraquecimento e insuficiência muscular da panturrilha. </b><br />
<br />
Frequentemente, a causa para o flexo dos joelhos é<b> multifatorial </b>e, o exame fisico articular detalhado, é fundamental para o entendimento completo da deformidade.<br />
<br />
O acometimento dos joelhos é muito comum nas crianças com espasticidade, indepentente da classificação motora funcional.<br />
<br />
<b>É muito importante que os joelhos sejam tratados precocemente na vida das crianças com paralisia cerebal., para evitarmos a história natural desfavorável, citada acima, da deformidade em flexão.</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-b_GMp0CFKt4/VMoqaUsd60I/AAAAAAAAC70/j7B93w9ZdLs/s1600/cerebral.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-b_GMp0CFKt4/VMoqaUsd60I/AAAAAAAAC70/j7B93w9ZdLs/s1600/cerebral.jpg" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Quais as principais modalidades de tratamento existentes?</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
- Fisioterapia motora com exercicios da alongamento muscular da musculatura posterior dos joelhos;<br />
<br />
- Bloqueio de ponto motor com aplicação da toxina botulinica, para controle de espasticidade deste grupo muscular, facilitando assim, os exercicios de alongamento muscular;<br />
<br />
- Alongamento cirúrgico dos músculos posteriores da coxa, podendo ser incluido o bíceps femoral, na dependência do grau de deformidade, encontrado no exame fisico ortopédico, sendo parte integrante das cirurgias em múltiplos niveis;<br />
<br />
- Cirurgias ósseas como a osteotomia extensora femoral com rebaixamento do tendão patelar para retensionar o quadriceps;<br />
<br />
- Epifisiodese anterior do femur distal para coreção progressiva do geno flexo.<br />
<br />
A melhor indicação deve ser individualizada para cada criança, de acordo com os achados do exame fisico ortopédico e aptidões motoras.<br />
<br />
Obrigado pela atenção,<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel (Ortopedista Pediátrico)<br />
<br />
Para agendar consultas, ligue: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-31185259873701956722015-01-26T09:43:00.003-02:002015-01-26T09:43:48.823-02:00 Como tratar o joanete juvenil?<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-size: medium;">Saiba o que fazer</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-HNEWsZrC5AQ/Tz-eZaJ-DoI/AAAAAAAAAcc/rVJWDDHZ0Gw/s1600/amadurecendo+com+saude.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="280" src="http://3.bp.blogspot.com/-HNEWsZrC5AQ/Tz-eZaJ-DoI/AAAAAAAAAcc/rVJWDDHZ0Gw/s320/amadurecendo+com+saude.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Joanete </b>é
a denominação popular para o desvio lateral do grande dedo do pé, em
direção aos menores dedos. Em grandes deformidades haverá sobreposição
do segundo dedo sobre o primeiro. A denominação médica é <b>“Halux valgo juvenil”</b>.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Frequentemente, a deformidade é observada no início da adolescência,
podendo estar associado ou não a dor e dificuldade com o uso de
calçados. Portanto, <b>adolescentes</b> <b>podem ter joanete</b> e o diagnóstico precoce tem sua importância para prevenir grave deformidade.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ocorre grande preocupação por parte dos familiares e do próprio
paciente com o aspecto estético do dedo e do pé. Frequentemente procuram
o atendimento médico visando<b> </b>a <b>melhora na aparência do pé</b> <b>e </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>alívio dos sintomas dolorosos.</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Wwl7F505vL0/Tz-ZuC0tgzI/AAAAAAAAAbs/pLcKakhuIzA/s1600/PICT0183.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-Wwl7F505vL0/Tz-ZuC0tgzI/AAAAAAAAAbs/pLcKakhuIzA/s320/PICT0183.JPG" width="320" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Qual a causa do Joanete?</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A causa é desconhecida. Não há um único fator responsável pela deformidade. Existem múltiplos <b>fatores que contribuem</b>:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- <b>História familiar</b> positiva é um fator a ser considerado. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Predileção quanto ao<b> sexo</b>: Sabemos que joanete é <b>mais frequente em meninas</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- <b>Hipermobilidade articular</b>, pode ser constitucional ou secundário à síndrome genética como a <b>Síndrome de Down</b>, onde o excesso de movimento das articulações como um todo favorecem a gênese da deformidade dos pés</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Uso de <b>calçados </b>com a parte de frente estreita, que apertam os dedos contribuindo para desvio lateral do primeiro dedo</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-SpjAuRWuSwQ/Tz-f3Bhz9wI/AAAAAAAAAcs/_l1rICFqXPU/s1600/pre-adolescente.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-SpjAuRWuSwQ/Tz-f3Bhz9wI/AAAAAAAAAcs/_l1rICFqXPU/s320/pre-adolescente.jpg" width="242" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Uso de<b> salto alto</b>:
Sabemos que as meninas vaidosas na adolescência e, algumas vezes mesmo
antes desta fase, têm interesse em usar sapatos com salto, sendo isso
considerado fator de risco para deformidade nos dedos</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b style="background-color: white;">Os malefícios do salto alto em jovens e adolescentes</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b style="background-color: white;"><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Px-IOwDSbEY/Tz-awqQUjsI/AAAAAAAAAb8/HgKyBfGQvb0/s1600/malef%C3%ADcios+do+salto.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://1.bp.blogspot.com/-Px-IOwDSbEY/Tz-awqQUjsI/AAAAAAAAAb8/HgKyBfGQvb0/s320/malef%C3%ADcios+do+salto.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A elevação da parte de trás do calçado proporcionado pelo salto alto,
faz com que ao longo da caminhada o pé escorregue para frente do
calçado.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Geralmente, sandálias de salto têm a parte da frente estreita e,
consequentemente, essa combinação de fatores vão fazer com que os dedos
fiquem espremidos na frente do calçado, favorecendo ao desvio não só do
grande dedo como dos demais também. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br /> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além disso, caminhar com a parte de trás do pé elevado durante a fase
de crescimento dos jovens, a longo prazo, vai proporcionar o
encurtamento da musculatura da panturrilha, o que é outro fator de risco
para a deformidade dos dedos. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sandálias de salto fazem com que o peso do corpo fique localizado só na
frente do pé, com isso, muito peso é apoiado em uma pequena área do pé,
gerando calosidades dolorosas e muitas vezes intratáveis, dificultando a
marcha de longos trajetos.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>A Consulta Médica</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-5GPYrcjYyPY/Tz-f9_YMi-I/AAAAAAAAAc0/6WDh08-F94g/s1600/consulta+medica.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="http://1.bp.blogspot.com/-5GPYrcjYyPY/Tz-f9_YMi-I/AAAAAAAAAc0/6WDh08-F94g/s320/consulta+medica.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>O que é importante analisar?</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- O formato do pé com o jovem em pé. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Como se comporta o pé na marcha.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Examinar o arco medial do pé (curvinha). </span><br />
<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Examinar a mobilidade do halux e sua redução com a manipulação passiva.</span><br />
<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Avaliar dor a palpação local.</span><br />
<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Saber se há ou não hipermobilidade das articulações e analisar o surgimento e localização de calosidades dolorosas</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Exame de imagem é necessário?</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sim, é <b>fundamental</b>.
Com isso conseguimos classificar a deformidade em leve, moderada ou
grave. Essa classificação se baseia em ângulos traçados pelo médico
assistente, no exame de imagem. Além disso, é possível diagnosticar
alterações anatômicas nas articulações do pé e fazer o planejamento cirúrgico corretivo nos casos selecionados.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Programando o Tratamento</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-rXKkfyiwcdM/Tz-eNKoOpHI/AAAAAAAAAcU/ehLXhy1PmrQ/s1600/377106-anotando.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="http://4.bp.blogspot.com/-rXKkfyiwcdM/Tz-eNKoOpHI/AAAAAAAAAcU/ehLXhy1PmrQ/s320/377106-anotando.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O <b>motivo da consulta</b> é dor no dedo ou nas calosidades, e a preocupação é com o aspecto do pé.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O tratamento conservador visa orientação quanto a mudança nos tipos de
calçado, evitando calçados com a frente estreita e o uso de salto alto.
Deve ser dada sempre preferência por calçados com a frente mais larga de
formato quadrangular evitando a frente de aspecto triangular. <b>O tratamento conservador não corrige a deformidade,</b> apenas alivia sintomas e evita os fatores de risco para a progressão.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Quando está indicado cirurgia?</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assunto controverso na literatura mundial. <b>A correção da deformidade só é possível com cirurgia. Os melhores resultados estão associados às correções próximo da maturidade esquelética</b>,
evitando assim riscos de recidiva com o crescimento. Parece consenso
que a cirurgia só deve ser feita em casos dolorosos que falham no quesito analgesia, com o
tratamento conservador e naquelas deformidades que tem comportamento progressivo. <b>Cirurgia por simples questão estética é contra indicada</b>. Existem várias técnicas operatórias, sendo que cada caso deve ser avaliado individualmente.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-mqoSg24jA0s/Tz-enJFiAyI/AAAAAAAAAck/KUtwOe5U68w/s1600/107-adolescentes.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-mqoSg24jA0s/Tz-enJFiAyI/AAAAAAAAAck/KUtwOe5U68w/s1600/107-adolescentes.jpg" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Portanto,<b> joanete não é patologia só de adulto</b>.
Muitas vezes a deformidade surge na adolescência. Diagnóstico precoce e
recomendações quanto aos calçados adequados são fundamentais para
evitar que a deformidade piore. Em caso de falha do tratamento
conservador, e em pacientes próximo da maturidade esquelética, a
cirurgia oferece bons resultados no quesito analgesia, função e estética
dos pés.</span><br />
<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Obrigado pela atenção,</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um abraço a todos,</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dr. Maurício Rangel (Ortopedista Pediátrico) </span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tels. para agendamento de consulta: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239</span> <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-47330175453771901962015-01-05T12:13:00.000-02:002015-01-05T12:13:05.962-02:00Crianças que caminham com os pés para dentro.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-0u0xxoNHPkA/VKqZF683AYI/AAAAAAAAC6s/1waCkth3O1A/s1600/file_main_image_7735_2_enfant_marche_pied_dedans_01_7735_cache_316x500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-0u0xxoNHPkA/VKqZF683AYI/AAAAAAAAC6s/1waCkth3O1A/s1600/file_main_image_7735_2_enfant_marche_pied_dedans_01_7735_cache_316x500.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
A marcha com os pés para dentro é um motivo frequente de consulta ortopédica.<br />
<br />
O cenário encontrado é de uma criança que caminha com a frente dos pés apontando para dentro, muitas vezes, os familiares referem que a criança tropeça e cai com frequência devido a colisão de um pé com o outro durante o passo.<br />
<br />
Frequentemente relatam que a criança em questão costuma sentar na posição de "W", ou seja, sentam sobre os pés quando estão brincando.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-mCcc3BmZ9dE/VKqYxlc3QOI/AAAAAAAAC6M/BOHo9N85f5I/s1600/12.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-mCcc3BmZ9dE/VKqYxlc3QOI/AAAAAAAAC6M/BOHo9N85f5I/s1600/12.jpg" height="156" width="320" /></a></div>
<br />
Usam calçados normalmente, não tem dor nas articulações, não mancam e fazem as atividades diárias sem restrição.<br />
<br />
Cabe ao ortopedista pediátrico, diante deste relato, realizar uma avaliação física completa da criança, tentando identificar o local exato do membro inferior que é o responsável pela marcha com os pés virados para dentro.<br />
<br />
Apesar dos familiares referirem que os pés estão para dentro, na maioria das vezes, os pés tem o formato normal.<br />
<br />
<b>Precisamos entender que o membro inferior é composto pela coxa, perna e pé. A deformidade rotacional interna, responsável pela marcha com os pés para dentro, pode estar localizada em qualquer um desses segmentos.</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-xnq--H7UIgw/VKqZPQnpB4I/AAAAAAAAC60/8ehYAKScfbY/s1600/intoeing_a_enIL.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-xnq--H7UIgw/VKqZPQnpB4I/AAAAAAAAC60/8ehYAKScfbY/s1600/intoeing_a_enIL.jpg" height="179" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b> Como sabemos onde esta o problema?</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Através de um exame fisico ortopédico, feito pelo especialista, na consulta médica. Não precisa de exame de imagem, o próprio exame físico cuidadoso é diagnóstico.<br />
<br />
Como citado anteriormente, na maioria das vezes os pés tem seu formato normal com a borda lateral retificada e, portanto, não são os responsáveis pela marcha com os pés para dentro.<br />
<br />
<b>Na maioria das vezes, o osso da coxa (femur) é o responsável pois, apresenta uma deformidade em torção interna.</b> Se o osso da coxa esta rodado internamente, fica fácil entender que os segmentos abaixo da coxa, ou seja, perna e pé ficarão virados para dentro durante a marcha e, por isso, as familias, ao olharem para os pés, acham que o problema esta nos pés.<br />
<br />
No exame físico observamos um exagero na rotação interna dos quadris, quando examinamos a criança em decúbito ventral. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-XqwKBZAy12s/VKqZCNP1TQI/AAAAAAAAC6k/Wh1pSfV6UqE/s1600/IntoeingFig2_300x.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-XqwKBZAy12s/VKqZCNP1TQI/AAAAAAAAC6k/Wh1pSfV6UqE/s1600/IntoeingFig2_300x.jpg" /></a></div>
<br />
A torção interna femoral, na maioria das vezes é uma deformidade que já nasce com a criança. <b>Cerca de 85% dos casos tem melhora espontânea com a diminuição fisiológica progressiva da anteversão femoral.</b><br />
<br />
Alguma vezes, a melhora ocorre devido a mecanismos compensatórios no próprio membro inferior, sendo que, o mais conhecido vem a ser o surgimento de torção externa tibial, fazendo com que os pés fiquem posicionados para frente, durante a marcha.<br />
<br />
De uma forma geral, <b>a marcha com os pés para dentro é mais comum em meninas </b>mas, pode acometer meninos também.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_hPeDU7crlE/VKqY1IMlDnI/AAAAAAAAC6U/5p319HzgOSI/s1600/12_int_leg_rot.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-_hPeDU7crlE/VKqY1IMlDnI/AAAAAAAAC6U/5p319HzgOSI/s1600/12_int_leg_rot.jpg" height="320" width="192" /></a></div>
<br />
Como relatado anteriormente,
as crianças acometidas, na maioria das vezes não tem queixas dolorosas
com as atividade diárias, inclusive as esportivas e, não há diminuição da
performance esportiva por causa disto.<br />
<br />
Trata-se de uma
queixa muito mais estética do que funcional e, com muita frequência,
ouvimos dos familiares frases do tipo "é muito feio vê-la andando
assim".<br />
<br />
A torção interna femoral, na maioria das vezes já
nasce com a criança porém, pode ser uma deformidade adquirida também.
Existem patologias que cursam com a deformidade rotacional interna
femoral sendo que as mais frequentes são, a displasia do desenvolvimento
do quadril, doença de Perthes e paralisia cerebral.<br />
<br />
O tratamento, nos casos adquiridos, deve ser direcionado para a doença de base em questão.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-ZtwUwgDyhjU/VKqY7lKW62I/AAAAAAAAC6c/VlR7BpbvFvA/s1600/sendimage.php.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-ZtwUwgDyhjU/VKqY7lKW62I/AAAAAAAAC6c/VlR7BpbvFvA/s1600/sendimage.php.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
Importante
informar aos pais que, a deformidade rotacional interna femoral, não
responde a medidas conservadoras portanto, uso de aparelhos noturnos,
faixas elasticas anti-rotatórias, twister cable, palmilhas,
fisioterapia, gessos sucessivos, órteses noturnas, são todas
contra-indicadas para este fim.<br />
<br />
O tratamento só
deve ser indicado nos casos em que há um exagero na rotação interna
femoral, associado a dor no quadril por bloqueio do movimento rotacional
externo em pacientes cujo potencial de correção espontânea já terminou ou, no quadril que apresente displasia acetabular.<br />
<br />
Obrigado pela atenção,<br />
<br />
Um abraço a todos,<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel (Ortopedista Pediátrico)<br />
<br />
Tel. para agendamento de consulta: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.<br />
<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-83800096406955905992014-12-22T12:12:00.000-02:002014-12-22T12:12:08.490-02:00A rotina ortopédica na síndrome de down.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-eTbnf0QoPSM/VJglf7iFAGI/AAAAAAAAC58/47nXZIBZg80/s1600/down.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-eTbnf0QoPSM/VJglf7iFAGI/AAAAAAAAC58/47nXZIBZg80/s1600/down.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Do ponto de vista ortopédico, crianças com diagnóstico de Síndrome de Down apresentam maior
flexibilidade articular devido a grande elasticidade ligamentar e hipotonia muscular. Além disso,
apresentam atraso no desenvolvimento das aptidões motoras.</span></span><br />
<span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Logo
ao nascimento, devem passar por avaliação pediátrica, ortopédica e cardiológica
para afastar patologias congênitas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>O
que o ortopedista precisa examinar? </b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">O
exame físico geral envolve: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> -
Análise da mobilidade e estabilidade articular ( Principalmente quadris /
joelhos / tornozelos e pés pois, suportam o peso corporal na marcha );</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> -
Pesquisa de contraturas que coloquem as articulações em posturas viciosas anômalas;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Obs:
Atenção especial deve ser dada aos quadris pois, tem risco de displasia do
desenvolvimento, ou seja, situação onde os quadris são instáveis (saem e voltam
à posição normal), ou são luxados (permanecem fora da posição e irredutíveis).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">-
Comprimento dos membros inferiores,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">-
Arco de movimento dos joelhos e estabilidade da articulação da patela (osso da frene do joelho) pois, são de risco de instabilidade e malformação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">-
Análise da coluna vertebral;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">-
Avaliação completa dos membros superiores;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-JtxbMNfpV_Q/TsbOnDVgNuI/AAAAAAAAADk/Hvp30EHHMnY/s1600/bebe+down+%25282%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="304" src="http://2.bp.blogspot.com/-JtxbMNfpV_Q/TsbOnDVgNuI/AAAAAAAAADk/Hvp30EHHMnY/s320/bebe+down+%25282%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Qual
a historia natural do ponto de vista motor?</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Frequentemente apresentam atraso motor.
As crianças precisam de estimulo motor fisioterápico precoce, com objetivo de
aquisição de aptidões motoras. É importante que a criança inicie a terapia
motora logo após a avaliação ortopédica completa. O inicio da marcha na maioria
das vezes atrasa, porém conseguirão marcha independente. Cada criança tem seu
tempo. A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fisioterapia é fundamental </b>nesse
quesito</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">O formato dos pés no início da marcha será
plano (sem a curvinha medial), o que dará um aspecto de que estão pisando
torto. Embora cause preocupação, na maioria das vezes, não atrapalha o
desempenho motor, geralmente não precisam de palmilhas e devem ser protegidos
com tênis confortável quando já tiverem iniciando os passos com ou sem auxilio.
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Quedas frequentes são comuns, porém não tem
nenhuma relação com os pés planos. Ocorrem simplesmente por imaturidade do
sistema nervoso central em permitir coordenação motora e bom equilibrio.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>E
a coluna cervical? Há risco para prática esportiva?</b></span>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Sim, há risco. É fundamental, após o inicio da
marcha independente e, principalmente, antes de iniciar prática esportiva de
contato, uma avaliação do pescoço.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Por
quê?</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Instabilidade
atlantoaxial, entre a primeira e a segunda vertebra cervical, além da entre o
crânio e a primeira vertebra cervical. </span>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">A coluna cervical protege a medula espinhal
porém, quando há instabilidade e a criança é submetida a esportes que predispõe a trauma
no pescoço, isso pode levar à lesão medular e suas consequências quanto a
paralisia motora.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Como
é feito?</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Exame físico, análise da marcha, mobilidade
do pescoço, presença de dor ou torcicolo de repetição. Em relação às imagens, o
fundamental é o Raio-X dinâmico em perfil com flexão, onde serão
feitos medições do intervalo entre a primeira e segunda vertebras cervicais.Com
esses dados podemos, com segurança, recomendar a prática esportiva ou
contra-indicar esportes de contato até o tratamento da instabilidade ser concluído.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18pt; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Qual
a periodicidade das avaliações ortopédicas?</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">A recomendação é anual, podendo ser
antecipado se surgirem queixas, antes disso.</span>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Surgimento de claudicação (mancar) - sem
causa aparente, diminuição das distâncias caminhadas, acompanhado ou não de dor,
deve ser motivo de preocupação e revisão ortopédica. </span>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Quadris, joelhos e pés devem ser monitorados
com exame físico e de imagem, se necessário. </span>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">A coluna vertebral apresenta risco de
desenvolvimento de escoliose, principalmente na fase de crescimento rápido da adolescência
e, portanto, também deve ser acompanhado.</span>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt;">
</div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Com esse protocolo podemos manter a saúde ortopédica das crianças com diagnóstico de Síndrome de Down.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Obrigado pela atenção.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Um abraço a todos.</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Dr. Maurício Rangel (Ortopedista Pediátrico)</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Para marcar consulta, tel. (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239. </span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: auto;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px;"><br /></span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px;"><br /></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px;"><br /></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-66646915006976728942014-11-26T12:21:00.001-02:002014-11-26T12:21:52.900-02:00Os cuidados com a coluna do recém nascido.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-C-LJGzWTsVk/VHXgU2h6zaI/AAAAAAAAC5s/UMRiMvzT7Ak/s1600/d3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-C-LJGzWTsVk/VHXgU2h6zaI/AAAAAAAAC5s/UMRiMvzT7Ak/s1600/d3.jpg" /></a></div>
<br />
Qualquer anormalidade na coluna vertebral do recém nascido, observado pelos pais, familiares ou cuidadores, deve ser esclarecido na avaliação médica.<br />
<br />
As anormalidades mais frequentes encontradas estão localizadas no final da coluna vertebral, na região chamada sacro, ou seja, aquela situada logo acima do sulco interglúteo.<br />
<br />
Algumas vezes, a criança nasce com anormalidades na pele desta região sendo um dos exemplos mais comuns, a <b>presença de um "furinho" ou, como mencionado por muitos, uma "covinha", na pele da região sacral</b>. Podemos encontrar também, lesões cutâneas escuras na pele desta região podendo conter acúmulo de pêlos, conhecido como "tufo piloso" ou hipertricose.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-5QHEpNnMNdY/VHXebtLm1MI/AAAAAAAAC5I/UJ3K1PVsqO4/s1600/d1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-5QHEpNnMNdY/VHXebtLm1MI/AAAAAAAAC5I/UJ3K1PVsqO4/s1600/d1.jpg" /></a></div>
<br />
Outro aspecto que chama a atenção dos familiares vem a ser, a presença de assimetria ou desvio da prega do sulco interglúteo, além de qualquer caroço ou aumento de volume localizado na região lombar ou sacral.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>O que esses achados podem significar?</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Chamamos de <b>disrafismo espinhal</b>, qualquer patologia congênita do tubo neural, podendo ser localizada no canal medular, medula e raizes espinhais.<br />
<br />
Essas alterações cutâneas observadas no recém nascido, na região lombar ou sacral são <b>sugestivos de disrafismo espinhal.</b><br />
<br />
Na maioria das vezes, mesmo com a presença de anormalidades cutâneas citadas acima, a criança apresenta mobilidade e sensibilidade completas dos membros inferiores.<br />
<br />
O disrafismo espinhal mais comum, é conhecido como <b>espinha bifida oculta,</b> ou seja, um defeito ósseo de fechamento do arco posterior da quinta vértebra lombar ou da primeira vertebra sacral (foto abaixo). Para o diagnóstico é necessário exame de imagem da coluna vertebral. Não leva a nenhuma repercussão motora, não causa sintomas e pode estar presente em crianças que apresentam ou não a "covinha" ou o" furinho" na pele na região sacral. <b>Até 20% da população apresenta a espinha bifida oculta</b>, sem nenhuma anormalidade ou sinal cutâneo para isto e, por isso, a denominação "oculta", <b>muitas vezes, sendo um achado no exame de imagem feito para outro fim.</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-lrVViAAfQ3Q/VHXegm66mXI/AAAAAAAAC5Q/GE_J0zjvUcE/s1600/d2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-lrVViAAfQ3Q/VHXegm66mXI/AAAAAAAAC5Q/GE_J0zjvUcE/s1600/d2.jpg" /></a></div>
<br />
<b> </b>Na maioria das vezes, o "furinho"na pele, que tem a denominação médica de "dimple", não se comunica com o canal medular e não exige nenhum cuidado especial.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Então, onde esta o problema?</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Os problemas existem, sempre que estivermos diante de crianças que apresentam os sinais cutâneos citados acima, <b>associado a sintomas dolorosos lombares ou deficit neurológico progressivo nos membros inferiores. </b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Os principais sinais e sintomas são :</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
- Dor lombar e/ou sacral;<br />
- Escoliose de início precoce e progressiva;<br />
- Claudicação na marcha (mancar);<br />
- Diminuição na circunferência da coxa ou perna em um dos lados do corpo;<br />
- Diminuição no tamanho do pé em um dos lados;<br />
- Presença de deformidade progressiva, unilateral no pé, sendo o mais comum o surgimento de aumento do arco plantar medial, conhecido como pé cavo.<br />
- Surgimento de incontinência urinária.<br />
<br />
A presença desses sintomas, associado a alterações cutâneas na região lombar e sacral, nos obriga a fazer a investigação para patologias do canal medular que cursam com <b>ancoramento da medula.</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ki1wWhCycus/VHXeX9SgadI/AAAAAAAAC5A/s3wjvaZ5Mwc/s1600/d.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-ki1wWhCycus/VHXeX9SgadI/AAAAAAAAC5A/s3wjvaZ5Mwc/s1600/d.jpg" /></a></div>
<br />
São diversas as possibilidades existentes para justificar esses sintomas sendo que, as mais conhecidas são a diastematomielia, lipoma terminal, espessamento do filum terminal, cursando com aderência da medula em niveis abaixo da sua localização anatômica habitual.<br />
<br />
Com imagens especificas, conseguimos determinar o diagnóstico e recomendar o tratamento de <b>desancoramento medular </b>com o neurocirurgião.<br />
<br />
As deformidades no pé e na coluna vertebral devem ser acompanhadas e tratadas pelo ortopedista pediátrico, após o desancoramento medular. <br />
<br />
É importante reconhecer que anormalidades cutâneas na linha média dorsal do corpo do bebê, <b>podem significar patologias no tubo neural</b>. Preocupação deve ocorrer quando estão presentes sintomas de origem neurológica, citadas acima.<br />
<br />
O reconhecimento precoce por parte de qualquer profissional de saúde que avalie a criança, seja o pediatra ou o ortopedista, é fundamental para a recomendação de tratamento definitivo.<br />
<br />
Obrigado pela atenção,<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel (Ortopedista Pediátrico)<br />
<br />
Para marcação de consultas ligue: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-79100365127283669102014-11-14T10:35:00.003-02:002014-11-14T10:35:48.475-02:00Como proteger os quadris na paralisia cerebral?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-kBRUF2Mcq78/VGX1_grWRtI/AAAAAAAAC4I/5KhglGjZPV8/s1600/cerebral%2Bpalsy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="//2.bp.blogspot.com/-kBRUF2Mcq78/VGX1_grWRtI/AAAAAAAAC4I/5KhglGjZPV8/s1600/cerebral%2Bpalsy.jpg" /></a></div>
Crianças com paralisia cerebral espástica (hipertonia muscular) e envolvimento corporal completo (tetraparesia), frequentemente desenvolvem patologia nos quadris.<br />
<br />
São crianças que apresentam importante compromentimento motor, atraso no desenvolvimento das habilidades motoras, tem pouca sustentação da cabeça e tronco, geralmente não caminham, sendo cadeirantes e, este cenário, constitue o grupo de crianças de risco para doença dos quadris.<br />
<br />
A história natural dos quadris não tratados revela que, devido as forças musculares deformantes (músculos hipertônicos), os quadris tendem a perder a sua relação anatomica normal, ou seja, a cabeça femoral perde a sua cobertura e, com isso, os quadris passam a ser subluxados.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-qTEa3tXR7Ok/VGX14QnddYI/AAAAAAAAC34/bD2PhL2IRSc/s1600/images10.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-qTEa3tXR7Ok/VGX14QnddYI/AAAAAAAAC34/bD2PhL2IRSc/s1600/images10.jpg" /></a></div>
<br />
Não sendo reconhecido e tratado precocemente, o quadro torna-se pior, com a evolução para perda completa da cobertura da cabeça femoral e, com isso, teremos o quadril luxado<br />
.<br />
<b>Se, mesmo assim, não for reconhecido e principalmente se não for tratado, o quadril luxado irá piorar em variado período de tempo</b>, evoluindo para degeneração da cartilagem articular da cabeça femoral, surgimento de erosões e deformidade da cabeça femoral com perda do seu formato arredondado normal e <b>desenvolvimento de dor de forte intensidade e de difícil controle, piorando em muito a qualidade de vida da criança.</b><br />
<br />
Pelo exposto acima, fica fácil entender que esta história natural desfavorável precisa ser impedida e, a forma que temos para fazer isso, é através do reconhecimento e tratamento preventivo, na fase inicial da patologia, onde os quadris estão subluxados, garantindo assim a congruência desta articulação.<br />
<br />
Para isso, foi desenvolvido o<b> programa de vigilância dos quadris das crianças com paralisia cerebral.</b><br />
<br />
Durante o crescimento e desenvolvimento das crianças, os quadris são submetidos a forças musculares deformantes.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Como saber que os quadris estão em risco?</b></div>
<br />
Clinicamente o quadril começa a apresentar limitação na mobilidade, principalmente na abertura para a troca de fralda, os cuidadores observam que um dos lados abre adequadamente enquanto que o outro, tem limitação ou, no caso do envolvimento bilateral, a dificuldade de abertura será de ambos os quadris.<br />
<br />
Outro indicativo de patologia dos quadris vem a ser, o surgimento de deformidade, ou seja, contratura em adução, dificultando o posicionamento em pé (ortostatismo terapêutico ou postura ereta da criança) pois, adotam a postura em cruzamento das pernas onde, uma perna fica sobre a outra e, com isso, a criança tem dificuldade de ficar ereta.<br />
<br />
Quando o quadril já esta luxado, outro problema observado vem a ser o encurtamento do membro inferior e o surgimento de desnível da bacia (obliquidade pelvica) que vai dificultar o posicionamento sentado da criança na cadeira de rodas. Com o desnível da bacia, ocorrerá hiperpressão em uma das regiões glúteas com surgimento de dor e incapacidfade de premanecer sentado com conforto por prolongado período, prejudicando assim a qualidade de vida da criança.<br />
<br />
A obliquidade pelvica, uma vez desenvolvida, será um fator de risco para o surgimento ou agravamento da escoliose que, irá prejudicar o equilibrio do tronco e a postura sentada na cadeira de rodas além de prejuizo na função respiratória.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-xpKXwWjjrL4/VGX18NOWhOI/AAAAAAAAC4A/wcXNNqCvVpk/s1600/images20.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-xpKXwWjjrL4/VGX18NOWhOI/AAAAAAAAC4A/wcXNNqCvVpk/s1600/images20.jpg" /></a></div>
<br />
<b>O programa de vigilância dos quadris na paralisia cerebral foi desenvolvido com objetivo de identificar e tratar preventivamente aqueles quadris que estão evoluindo mal e, com isso, modificar a história natural citada acima. </b>Deve ser iniciado de imediato, logo que confirmado o diagnóstico da paralisia cerebral e, em todas as crianças com envolvimento corporal completo, sejam elas tetraparéticas ou diparéticas.<br />
<br />
O programa é feito com consultas médicas ortopédicas regulares e a intervalos pré-determinados onde, os <b>quadris passam por rigoroso exame fisico e obrigatório exame de imagem.</b><br />
<br />
Com a imagem, os parâmetros radiológicos de congruência articular são monitorados e a evolução ao longo do tempo é estabelecida permitindo ao cirurgião ortopedista identificar e executar o tratamento preventivo, dos quadris onde a congruência estiver sendo perdida, garantindo assim a saúde articular dos quadris.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-EFEgv-vJjHY/VGX1zq69-VI/AAAAAAAAC3w/xHdhkLpPd1w/s1600/%C3%8Dndice14.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-EFEgv-vJjHY/VGX1zq69-VI/AAAAAAAAC3w/xHdhkLpPd1w/s1600/%C3%8Dndice14.jpg" /></a></div>
<br />
<b>O tratamento preventivo dos quadris subluxados na paralisia cerebral é exclusivamente cirúrgico, com alongamentos tendinosos dos músculos responsáveis pelo desequilibrio muscular, ou seja, o grupo flexor-adutor dos quadris.</b><br />
<br />
Trata-se de cirurgia de partes moles, pouca morbidade e com resultados satisfatórios no quesito correção da congruência articular.<br />
<br />
<b>Com o programa de vigilância dos quadris podemos prevenir o quadro de luxação do quadril e com isso, tratar as crianças com cirurgias de menor porte e morbidade, com alto índice de satisfação.</b><br />
<br />
É fundamental permitir que todas as crianças tenham acesso a tratamento preventivo e ao programa regular de vigilância dos quadris.<br />
<br />
Esta é uma forma de carinho muito importante para as crianças. Não negligenciem os quadris.<br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel (Ortopedista Pediátrico)<br />
<br />
Para marcar consultas o tel. é: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-15263331609829782552014-10-16T09:24:00.000-03:002014-10-16T09:24:29.032-03:00O quadril doloroso do adolescente. Conheça as causas.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-catwwIgGdDs/VD6gNqLNibI/AAAAAAAAC3Q/sTZ7GFIqpp8/s1600/hip-pain-adolescents.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-catwwIgGdDs/VD6gNqLNibI/AAAAAAAAC3Q/sTZ7GFIqpp8/s1600/hip-pain-adolescents.jpg" height="320" width="255" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
A dor no quadril, virilha ou coxa do adolescente é uma queixa frequente encontrada na pratica médica diária.<br />
<br />
Existem diversas patologias do quadril, na infância, que podem deixar sequelas anatômicas na articulação e, assim, predispor o início de sintomas dolorosos na adolescência ou na vida adulta jovem.<br />
<br />
Para que o leitor entenda, é preciso saber que, a anatomia normal do quadril revela uma cabeça femoral com o formato esférico (redonda), coberta quase que completamente por uma estrutura chamada de acetábulo (considerado o teto da articulação) e, por uma estrutura fibrocartilaginosa chamada de labrum.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-RtHOWDL5U4w/VD6ghRlTQvI/AAAAAAAAC3g/M5Ht6QY6Rnw/s1600/350px-Figure_1._Basic_anatomy_of_the_hip_joint.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-RtHOWDL5U4w/VD6ghRlTQvI/AAAAAAAAC3g/M5Ht6QY6Rnw/s1600/350px-Figure_1._Basic_anatomy_of_the_hip_joint.png" height="320" width="256" /></a></div>
Essas estruturas (cabeça femoral e o acetábulo ), precisam ter uma relação anatômica perfeita para a articulação ser considerada congruente.<br />
<br />
Diversas patologias da infância produzem anormalidades na anatomia do quadril, seja na cabeça femoral que perde a sua forma arredondada, na junção entre a cabeça e o colo femoral (gerando impacto femoroacetabular) ou no acetábulo, que perde a sua capacidade de cobrir a cabeça femoral.<br />
<br />
Com isso, a articulação passa a ter seu funcionamento prejudicado, podendo não apresentar sintomas precocemente na infância mas, na fase de adolescente ou adulto jovem, as queixas dolorosas surgem.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-YQX5U8ps-cE/VD6gbCdNNjI/AAAAAAAAC3Y/I5ISqS7IJi8/s1600/%C3%8Dndice1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-YQX5U8ps-cE/VD6gbCdNNjI/AAAAAAAAC3Y/I5ISqS7IJi8/s1600/%C3%8Dndice1.jpg" height="132" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>As principais patologias do quadril pediátrico que produzem sequelas anatômicas são:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
- Displasia do desenvolvovento do quadril (Luxação congênita do quadril);<br />
- Epifisiólise;<br />
- Doença de Legg-Calvé-Perthes;<br />
- Sequelas pós-infecciosas (artrite séptica).<br />
<br />
Portanto, quando diante de um adolescente ou adulto jovem, com dor no quadril, é muito importante perguntar e conhecer o histórico de patologias do quadril na infância, bem como, seus tratamento prévios.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>As caracteristicas da dor:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-4aQtTF-g5yQ/VD6gISQ6GfI/AAAAAAAAC3I/J1FGR3JC8g8/s1600/afp20140101p27-f1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-4aQtTF-g5yQ/VD6gISQ6GfI/AAAAAAAAC3I/J1FGR3JC8g8/s1600/afp20140101p27-f1.jpg" height="225" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
Geralmente o relato é de dor crônica, intermitente, podendo ser exacerbada com caminhadas longas, prática esportiva, subir escadas ou permanecer por muito tempo sentado. Pode haver sensação de estalidos dolorosos com ou sem bloqueio do movimento, bem como sensação de falseio ou instabilidade articular.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>A marcha:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Episódios intermitentes de claudicação (mancar), são frequentes, podendo ocorrer apenas nos momentos de dor mas, pode ser uma característica constante e marcante da marcha dos pacientes acometidos, principalmente nos que tem deformidade fixas e encurtamento do membro inferior.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>A análise médica:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
É rotina examinar o alinhamento dos membros inferiores, bem como o seu comprimento.<br />
<br />
Sabemos que as sequelas das patologias da infância, nos quadris, frequentemente cursam com encurtamento do membro acometido.<br />
<br />
A mobilidade articular passiva também precisa ser avaliada com um cuidadoso exame fisico articular.<br />
<br />
Manobras especificas visando diagnosticar contraturas e deformidades fixas na articulação, são fundamentais na avaliação médica.<br />
<br />
Testes clinicos provocativos podem elucidar a origem da dor e portanto, devem ser obrigatoriamente realizadas.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Os exames complementares de imagem:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
São fundamentais para confirmação diagnóstica e planejamento quanto ao tratamento. As principais imagens solictadas são radiológica, tomografica e ressonância magnética. Cada modalidade deve ser solicitada, de acordo com os achados do exame físico realizado.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>O tratamento:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Tem como objetivo obter analgesia, recuperar os movimentos, corrigir deformidades e evitar a progressão para osteoartrose precoce do quadril.<br />
<br />
As modalidades de tratamento vão depender do diagnóstico etiológico, podendo ser conservador (não cirúrgico) ou cirúrgico (aberto ou artroscópico).</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
As cirurgias de preservação do quadril são as que predominam, na maioria das vezes, podendo ser citadas as osteocondroplastias do colo femoral, as osteotomias periacetabulares e as osteotomias femorais. Algumas vezes, uma combinação destes procedimentos será necessário.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Obrigado pela atenção.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Um abraço a todos.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Dr. Maurício Rangel (Ortopedista Pediátrico)</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Cosultório: Tel. (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-32603591584971625892014-10-10T09:37:00.000-03:002014-11-17T13:43:03.719-02:00As órteses na criança com paralisia cerebral. Benefícios e limitações<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-JxV0wIQi5HA/VDaQ0yJXVbI/AAAAAAAAC20/Di2WcZNXMEE/s1600/images%2Bortese.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-JxV0wIQi5HA/VDaQ0yJXVbI/AAAAAAAAC20/Di2WcZNXMEE/s1600/images%2Bortese.jpg" /></a></div>
<br />
O que é uma órtese?<br />
<br />
Para que serve?<br />
<br />
Quando deve ser usada e quando é contra indicada?<br />
<br />
Este artigo é direcionado para você que é pai, mãe ou cuidador de uma criança com paralisia cerebral e que, muitas vezes, não teve a oportunidade de esclarecer dúvidas, definições e funções de uma órtese.<br />
<br />
Quantos de vocês tiveram prescrições de órteses para seus filhos/as porém, nunca foi explicado quais os beneficios e limitações deste aparelho.<br />
<br />
As órteses são aparelhos usados para melhorar o alinhamento das articulações, principalmente aquelas envolvidas na locomoção.<br />
<br />
As órteses que são frequentemente usadas em crianças com paralisia cerebral, são conhecidas como<b> AFO </b>(<u><b>A</b></u>nkle, <u><b>F</b></u>oot, <u><b>O</b></u>rthoses), ou seja, órtese tornozelo-pé.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-d8j4hUMpmqI/VDaQtL4NgLI/AAAAAAAAC2k/fH5lxxgCSZs/s1600/afo1.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-d8j4hUMpmqI/VDaQtL4NgLI/AAAAAAAAC2k/fH5lxxgCSZs/s1600/afo1.JPG" height="320" width="307" /></a></div>
<br />
Elas podem ser fixas ou não articuladas, articuladas ou órteses de reação ao solo.<br />
<br />
Na paralisia cerebral espástica, os tornozelos e pés são segmentos corporais muito acometidos pela hipertonia muscular, sendo portanto, sujeitos a deformidades com o crescimento esquelético da criança.<br />
<br />
As principais deformidades que são observadas nos pés são os pés equinovalgo, ou seja, clinicamente são planos e os pés equinocavovaro, ou seja, clinicamente vemos o pé torto neurológico. <br />
<br />
Sabendo disso, fica fácil entender que <u>os pés e tornozelos precisam de atenção ortopédica precocemente para mante-los livres que deformidades que prejudiquem o desempenho motor da criança.</u><br />
<br />
Portanto, as principais funções e objetivos das orteses AFO são:<br />
<br />
- Melhorar o alinhamento dos tornozelos e pés mantendo-os posicionados adequadamente para que a criança possa ser colocada em pé, possa usar calçados e, nas que tem capacidade de marcha, possam ter marcha mais eficiente;<br />
<br />
- Permitir um suporte externo para tornozelos e pés, melhorando a estabilidade para ortostatismo (ficar em pé) e consequente equilibrio;<br />
<br />
- <b>Diminuir a velocidade de progressão das deformidades com o crescimento esquelético da criança;</b><br />
<br />
- Nas crianças que caminham, as órteses impedem que a frente do pé arraste no chão no momento do passo (fase de balanço da marcha)<br />
<br />
As deformidades nos pés da crianças são complexas e acometem a parte de trás do pé (retropé), o mediopé (meio do pé) e a frente do pé (antepé).<br />
<br />
Estudos foram desenvolvidos para saber se, com as órteses, os parâmetros radiológicos dos 3 segmentos do pé acometidos pela deformidade, podem ser corrigidos, ou seja, se as órteses restabelecem as relações ósseas e articulares normais dos pés.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-k983XkkiTF8/VDaQwk3N07I/AAAAAAAAC2s/upOqP3uHH1A/s1600/foot%2Bbrace.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-k983XkkiTF8/VDaQwk3N07I/AAAAAAAAC2s/upOqP3uHH1A/s1600/foot%2Bbrace.jpg" /></a></div>
<br />
Neste quesito, os resultados revelam que as deformidades em equinovalgo dos pés (planos), são as que melhor se adaptam as órteses pois, são deformidades mais flexiveis, podendo ser mantidas alinhadas em posicão fisiológica com as órteses, mesmo assim, <u><b>apenas 45%</b></u> conseguem restabelecer <b>um parâmetro radiológico, seja do retropé, mediopé ou antepé.</b><br />
<br />
Quando consideramos os pés tortos neurológicos (equinocavovaro), os<b> resultados são ainda piores,</b> com <b><u>apenas 20%</u> </b>conseguindo restabelecer um parâmetro radiológico. A explicação para isso vem a ser que, essas deformidades tem comportamento mais rígido.<br />
<br />
Com isso, podemos concluir que, <u><b>a principal limitação das órteses vem a ser a incapacidade de corrigir deformidades,</b></u> ou seja, a melhora o alinhamento do pé ocorre porém, as relações articulares (congruência das articulações do pé), <u><b>não são corrigidas com o aparelho</b></u><b> </b>e, assim, os parâmetros radiológicos normais, na maioria da vezes, não são corrigidos.<br />
<br />
Portanto, quando os pés tem deformidades que não são capazes de ser controladas com as órteses, fica claro e fácil entender que, <b>precisam ser corrigidas com as cirurgias ortopédicas e com isso, restabelecer as relações articulares normais e os parâmentros radiológicos, tornando-os plantigrados e bem posicionados para sustentar o peso corporal e permitir que a criança fique em pé </b>e troque passos, naquelas que tem capacidade motora para isso.<br />
<br />
Obrigado pela atenção,<br />
<br />
Um abraço a todos,<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel (Ortopedista Pediátrico)<br />
<br />
Para marcar consulta ligue: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-46734750819828852292014-10-01T14:49:00.001-03:002014-10-01T14:49:28.869-03:00Lombalgia em crianças: Mitos e verdades.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-dyrI17sbnJc/VCw6FjKsAHI/AAAAAAAAC2Q/pfi06eortTE/s1600/images%2B4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-dyrI17sbnJc/VCw6FjKsAHI/AAAAAAAAC2Q/pfi06eortTE/s1600/images%2B4.jpg" /></a></div>
<br />
Existem diversas causas para dor lombar em crianças e adolescentes.<br />
<br />
A hérnia discal é uma das possibilidades diagnósticas quando estamos diante de um adolescente com lombalgia ou lombociatalgia.<br />
<br />
O disco interverterbal é uma estrutura anatomica localizado entre os corpos vertebrais e tem como função absorver os impactos na coluna vertebral e permitir a mobilidade entre os corpos vertebrais, sendo formado por um anel fibroso e um núcleo pulposo.<br />
<br />
Chamamos de hérnia discal a lesão do anel fibroso com protusão do núcleo pulposo. (foto abaixo)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-7MCPul0XlBQ/VCw552zRDGI/AAAAAAAAC14/AgA5RHKFQRs/s1600/hernia-de-disco.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-7MCPul0XlBQ/VCw552zRDGI/AAAAAAAAC14/AgA5RHKFQRs/s1600/hernia-de-disco.png" /></a></div>
<br />
O fator predisponente mais associado para hérnia discal, em adolescentes, vem a ser o traumatismo local.<br />
<br />
Os traumas podem ocorrer de forma aguda, como nas quedas ou, serem recorrentes e repetitivos, como os que ocorrem nas práticas esportivas de contato.<br />
<br />
O quadro clínico encontrado, na maioria das vezes é a de um adolescente com dor lombar (lombalgia) ou dor na face posterior do membro inferior.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-aDODs_kVVjM/VCw583KLaBI/AAAAAAAAC2A/Wz-fOdA0ab0/s1600/images%2B2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-aDODs_kVVjM/VCw583KLaBI/AAAAAAAAC2A/Wz-fOdA0ab0/s1600/images%2B2.jpg" /></a></div>
<br />
Pode referir também fraqueza no membro inferior acometido com sensação de formigamento ou de dormência na perna, embora déficit neurológico não seja frequente nesta faixa etária.<br />
<br />
Um achado do exame fisico muito frequente, que deve ser realizado obrigatóriamente na consulta, pelo profissional de saúde, vem a ser a reprodução ou piora da dor lombar ou na face posterior da coxa com a manobra de elevação da perna reta. Essa manobra, quando positiva, indica irritação da raiz nervosa acometida pela hérnia.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-HE6lG2EC2xA/VCw6BF3zdyI/AAAAAAAAC2I/htw3SVAEl2Q/s1600/images%2B3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-HE6lG2EC2xA/VCw6BF3zdyI/AAAAAAAAC2I/htw3SVAEl2Q/s1600/images%2B3.jpg" /></a></div>
<br />
O adolescente acometido também apresenta impossibilidade de inclinar o tronco para frente, quando está na postura ereta, devido ao quadro doloroso, dor a palpação da musculatura lombar com espasmo muscular e escoliose antálgica com limitação na mobilidade da coluna lombar.<br />
<br />
Diante deste quadro, uma avaliação neurológica dos membros inferiores é
obrigatória com testes de força muscular e avaliação dos reflexos
tendinosos.<br />
<br />
A confirmação diagnóstica é feita com exames de imagem sendo que a radiografia, ressônancia magnética e tomografia são as mais utilizadas, cada uma com suas indicações específicas.<br />
<br />
As regiões mais acometidas pela hérnia discal lombar são entre a quarta e quinta vértebras ou entre a quinta vértebra lombar e a primeira sacral. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-zH1gHmTBP9U/VCw52qGts2I/AAAAAAAAC1w/qjbuiskrqdE/s1600/1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-zH1gHmTBP9U/VCw52qGts2I/AAAAAAAAC1w/qjbuiskrqdE/s1600/1.jpg" /></a></div>
<br />
O diagnóstico diferencial deve ser feito com fratura por avulsão da perede posterior do corpo vertebral (fratura apofisária) e, para isso, exame de imagem é fundamental.<br />
<br />
O tratamentio incial deve ser conservador, ou seja, não cirúrgico e consiste em repouso, uso de analgésico, anti-inflamatório, relaxante muscular e fisioterapia.<br />
<br />
O tratamento cirúrgico deve ser recomendado para aqueles casos refratários ao tratamento conservador ou que apresentam déficit neurológico progressivo.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Conclusão:</b></div>
<br />
Hérnia discal é uma das possibilidades diagnósticas para lombalgia em adolescentes.<br />
<br />
O diagnóstico exige um cuidadoso exame físico ortopédico e neurológico dos membros inferiores e, exames de imagem, são fundamentais para a confirmação e diagnósticos diferenciais.<br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Para marcar consultas ligue: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-35160236437166379392014-08-09T11:19:00.001-03:002014-08-09T11:19:58.937-03:00Conheça a escoliose na paralisia cerebral.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-0yVxI29dn8o/U-YsMvS-aYI/AAAAAAAAC0U/XjfGYD5kIIk/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-0yVxI29dn8o/U-YsMvS-aYI/AAAAAAAAC0U/XjfGYD5kIIk/s1600/2.jpg" height="115" width="320" /></a></div>
<br />
A escoliose é um desvio tridimensional da coluna vertebral, cujo principal componente é a deformidade lateral e rotacional vertebral.<br />
<br />
As crianças com paralisia cerebral e envolvimento completo corporal, ou seja, as tetraparéticas, não andadoras, são as mais acometidas pela deformidade vertebral.<br />
<br />
Trata-se de um grupo de crianças e adolescentes com paralisia cerebral cuja classificação motora funcional tem como característica, a incapacidade para marcha, pouca sustentação da cabeça, pescoço e tronco sendo portando, necessário o deslocamento com cadeira de rodas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-GrRkXUYtmdA/U-YsZ56gfaI/AAAAAAAAC0s/FqX6R_aKiNE/s1600/images+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-GrRkXUYtmdA/U-YsZ56gfaI/AAAAAAAAC0s/FqX6R_aKiNE/s1600/images+3.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
A deformidade vertebral não é só lateral e rotacional, muita vezes, tem componentes importantes em hirpercifose e hiperlordose que levam a dificuldades no manuseio diário das crianças.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<strong>Por que surge a escoliose?</strong></div>
<br />
Na tetraparesia espástica, a escoliose surge devido a espasticidade da musculatura paravertebral, incapacidade de sustentação do tronco e fraqueza muscular.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-BhSaBHHK8Fo/U-YsQ4yvTGI/AAAAAAAAC0c/AMh9V8oktN8/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-BhSaBHHK8Fo/U-YsQ4yvTGI/AAAAAAAAC0c/AMh9V8oktN8/s1600/images.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<strong>As queixas apresentadas:</strong></div>
<br />
Quando a deformidade é progressiva, os principais problemas citados pelos cuidadores e familiares são:<br />
<br />
- A diminuição da tolerância das crianças de permanecerem sentados com conforto na cadeira de rodas;<br />
<br />
- Dor na coluna vertebral devido a deformidades acentuadas, não só lateral mas também, em hipercifose e hiperlordose;<br />
<br />
- Desvio da pelve (obliquidade pelve), onde um dos lados da pelve (osso da bacia) se eleva, dificultando o posicionamento sentado da criança. Além disso, o desvio da pelve é um dos fatores que levam a deslocamento do quadril com surgimento de dor e deformidade nesta articulação;<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-hZ0-JlZNe58/U-YsVFLVkLI/AAAAAAAAC0k/02L1V_4olbw/s1600/images0V8HKETE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-hZ0-JlZNe58/U-YsVFLVkLI/AAAAAAAAC0k/02L1V_4olbw/s1600/images0V8HKETE.jpg" /></a></div>
<br />
- Surgimento de úlceras na pelve e no sacro devido ao apoio assimétrico do peso nessas regiões;<br />
<br />
- Quando existe deformidade em hipercifose torácica, a dificuldade em sustentar o tronco, leva a prejuízo na alimentação dos pacientes que o fazem por via oral e que não tem gastrostomia;<br />
<br />
- Deformidades acentuadas toracolombares levam a prejuízo respiratório e dificuldade na mobilização de secreções respiratórias.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<strong>A consulta médica ortopédica:</strong></div>
<br />
A avaliação médica deve levar em consideração todos os problemas citados acima, o exame físico da deformidade, principalmente no que diz respeito a <strong>flexibilidade das curva</strong> e a<strong> presença de obliquidade pélvica,</strong> o equilíbrio do tronco quando a criança estiver sentada e a <strong>avaliação radiológica da deformidade com medição da curva no plano coronal e sagital.</strong><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<strong>O tratamento:</strong></div>
<br />
Em crianças de baixa idade, com curvas flexíveis e de baixo valor angular, o tratamento conservador deve ser realizado com medidas fisioterápicas que proporcionem melhora na postura vertebral, adaptações no encosto da cadeira de rodas de forma a corrigir a deformidade com colocação de coxins adaptados ao encosto da cadeira para corrigir as curvas.<br />
<br />
Sabemos que uso de coletes não são recomendados para as crianças tetraparéticas espásticas pois, seu uso leva a úlceras na pele, não são bem toleradas e não tem comprovação científica em impedir a progressão da deformidade, portanto, ao invés de coletes, damos preferência a realização de adaptações no encosto da cadeira, feitos na oficina ortopédica.<br />
<br />
Nas curvas progressivas, rígidas, com valores angulares acentuados, onde as medidas conservadoras são ineficazes em aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da criança ou adolescente, estará indicado a correção cirúrgica da deformidade com artrodese vertebral e instrumentação até a pelve.<br />
<br />
Trata-se de cirurgia de grande porte porém, que oferece resultados satisfatórios para aquelas deformidades acentuadas, alívio da dor vertebral, correção da aparência da coluna vertebral, aumento da tolerância sentado na cadeira de rodas, interrupção no surgimento de úlceras e correção do desvio da pelve.<br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Para agendar consultas, o tel. do consultório é (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-53161761679842256192014-06-30T14:51:00.004-03:002014-06-30T14:53:24.617-03:00Os pés da criança com paralisia cerebral<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-sw_JlxGoPG4/U7Gh2YM9klI/AAAAAAAACxM/Zu9DaTWzDKA/s1600/esps-pes-mais-bonitos-e-saudaveis-no-verao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-sw_JlxGoPG4/U7Gh2YM9klI/AAAAAAAACxM/Zu9DaTWzDKA/s1600/esps-pes-mais-bonitos-e-saudaveis-no-verao.jpg" height="162" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
A deformidade dos pés da criança com paralisia cerebral é muito comum.<br />
<br />
As mais frequentes são conhecidas como <b>pé equino</b> e suas variantes, ou seja, o <b>pé equinovaro e equinovalgo.</b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Definindo os tipos de deformidade dos pés:</b></div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-5q5ZRHRPQ2U/U7Gd7keyEmI/AAAAAAAACww/IyMVjb1_U-Y/s1600/IMG_0170.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-5q5ZRHRPQ2U/U7Gd7keyEmI/AAAAAAAACww/IyMVjb1_U-Y/s1600/IMG_0170.JPG" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pé equino</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Chamamos de pé equino aquele em que a criança só apoia a ponta dos dedos no chão, quando colocada em pé.<br />
<br />
O pé é chamado de equinovaro, quando encosta a ponta dos dedos e a borda lateral no solo, quando a criança é colocada em pé.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-ZhW6OTgQkiI/U7GcxjuubsI/AAAAAAAACwk/BCQbnwuXjJk/s1600/Var01b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-ZhW6OTgQkiI/U7GcxjuubsI/AAAAAAAACwk/BCQbnwuXjJk/s1600/Var01b.jpg" height="185" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pé equinovaro</td></tr>
</tbody></table>
<br />
O pé equinovalgo é aquele em que a criança ao ser colocada em pé, encosta a ponta dos dedos e a borda interna do pé no solo.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-j9t7cC1QQjU/U7Gd71Z5yeI/AAAAAAAACw0/_Fhj6kbZnyQ/s1600/pronation1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-j9t7cC1QQjU/U7Gd71Z5yeI/AAAAAAAACw0/_Fhj6kbZnyQ/s1600/pronation1.jpg" height="170" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pé equinovalgo</td></tr>
</tbody></table>
<br />
As crianças <b>hemiplégicas,</b> ou seja que tem espasticidade (aumento do tônus muscular em apenas um lado do corpo) e as<b> tetraplégicas</b> (aumento do tônus muscular acometendo o corpo todo), geralmente, apresentam os pés com deformidade em <b>equinovaro.</b><br />
<br />
Aquelas crianças <b>diplégicas </b>(aumento do tônus muscular principalmente nos membros inferiores), geralmente, apresentam os pés com deformidade em <b>equinovalgo.</b><br />
<br />
As deformidades podem ser classificadas em fixas e irredutíveis quando, ao manusearmos os pés, durante o exame físico ortopédico, percebemos que a deformidade não consegue ser corrigida pela simples manipulação do pé.<br />
<br />
Podem também ser dinâmicas, ou seja, manifestarem-se principalmente quando a criança esta caminhando, sendo corrigida parcial ou completamente quando manipulamos o pé, no exame físico ortopédico.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Por que os pé deformam?</b></div>
<br />
Devido ao desequilibrio muscular entre os músculos acometidos pela espasticidade (hipertônicos), predominando sobre os músculos não acometidos.<br />
<br />
Nas crianças com paralisia cerebral, que tem capacidade de caminhar, um o outro mecanismo responsável pelo surgimento da deformidade, vem a ser a contração involuntária de determinados músculos do pé e tornozelo, fora dos momentos fisiológicos que deveriam ocorrer, durante as fases da marcha, gerando as deformidades dinâmicas do pé, só observadas durante a marcha da criança.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Quais os prejuizos que as deformidades propiciam para a criança?</b></div>
<br />
São inúmeros e ocorrem mesmo naquelas crianças que não tem capacidade de marcha independente.<br />
<br />
Neste grupo de crianças, com envolvimento completo do corpo pela espasticidade, uma etapa importante do tratamento vem a ser o que chamamos de <b>ortostatismo terapêutico </b>ou seja, <b>proporcionar para a criança os benefícios de ser colocada na postura de pé e ereta, com uso de órteses e extensores de joelhos.</b> Para isso ocorrer, é fundamental ter as deformidades dos pés corrigidas.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-2SgJncNb8p8/U7Gd7hJu6YI/AAAAAAAACw8/qfYH4a6PGoM/s1600/img_1765.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-2SgJncNb8p8/U7Gd7hJu6YI/AAAAAAAACw8/qfYH4a6PGoM/s1600/img_1765.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ortostatismo terapêutico</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Além disso, ter os pés bem alinhados e sem deformidades permitem o uso de calçados adequados, retirando os estigmas que a deformidade, não tratada, produz.<br />
<br />
Nas crianças que caminham , seja com auxílio de órteses/ muletas ou andadores, os benefícios da correção das deformidades dos pés vem a ser <b>proporcionar aumento nas distâncias percorridas, acabar com calosidades dolorosas nos pés, permitir que as órteses sejam usadas com conforto , diminuir o gasto de energia para longas caminhadas, melhorar o equilibrio para caminhar e diminuir as quedas.</b><br />
<br />
Existem diversas técnicas operatórias para a correção dos pés nas crianças com paralisia cerebral.<br />
<br />
Alongamentos tendinosos, transferências tendinosas, osteotomias, artrorrises, artrodeses estão entre as principais utilizadas.<br />
<br />
<b>Cada uma tem suas indicações definidas pelo tipo de deformidade encontrada no pé da criança no exame físico e de imagem, na consulta órtopédica.</b><br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos,<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Agendamento de consultas pelo tel. (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-44332758838869771002014-06-18T12:52:00.001-03:002014-06-18T12:52:07.636-03:00A criança com baixa estatura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-93Gltc3YUAw/U6Gx5py-Y2I/AAAAAAAACwE/A-ouhzDdqYI/s1600/article-0-0D3F673200000578-864_634x474.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-93Gltc3YUAw/U6Gx5py-Y2I/AAAAAAAACwE/A-ouhzDdqYI/s1600/article-0-0D3F673200000578-864_634x474.jpg" height="239" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Existem diversas causas para baixa estatura nas crianças, algumas com características físicas bem definidas com as acondroplásicas (anãs) e as pseudoacondroplásicas porém, nem sempre é fácil definir a causa da baixa estatura.<br />
<br />
As crianças portadoras de síndromes cromossômicas como a síndrome de Turner, as portadoras de displasias ósseas como a displasia espondiloepifisária ou nanismo diastrófico, constituem alguns exemplos onde existe maior dificuldade para definir o diagnóstico.<br />
<br />
A baixa estatura pode ser distribuída de forma proporcional no corpo ou desproporcional, onde o encurtamento predomina no tronco com membros normais ou, o contrário, tronco normal com membros curtos.<br />
<br />
<b>O profissional que primeiro suspeita da baixa estatura é o pediatra</b>, através do gráfico de crescimento traçado nas consultas de rotina da criança.<br />
<br />
Algumas vezes, para determinar a causa da baixa estatura, uma abordagem <b>multidisciplinar é necessário e avaliação com geneticista, endocrinologista e ortopedista pediátrico, precisa ser solicitado.</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-agdh2yFJQCE/U6Gx5ilrqpI/AAAAAAAACwA/FoxKKhme9qI/s1600/VitaminDweb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-agdh2yFJQCE/U6Gx5ilrqpI/AAAAAAAACwA/FoxKKhme9qI/s1600/VitaminDweb.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
Do ponto de vista ortopédico, com frequência nos vemos diante de uma criança com dificuldade de ganho de estatura e com deformidades acentuadas nos membros inferiores, seja em geno varo (pernas arqueadas) ou geno valgo (joelhos em tesourinha), cuja causa precisa ser definida.<br />
<br />
Neste cenário, precisamos sempre ter em mente a possibilidade de raquitismo.<br />
<br />
<b>O que é o raquitismo?</b><br />
<br />
Trata-se de uma patologia do metabolismo ósseo, caracterizada por diminuição da mineralização do osso em crescimento. Para que o osso da criança tenha sua rigidez e alinhamento normal é preciso que receba a deposição normal de cálcio e fosforo (fosfato de cálcio).<br />
<br />
<b>Por que ocorre o raquitismo?</b><br />
<br />
Ao contrário do que muitos pensam, não existe apenas o raquitismo carencial, por deficiência na ingestão de cálcio aliás, essa forma é pouco frequente no nosso meio pois, o leite materno. bem como os alimentos industrializados já são enriquecidos com quantidades suficientes de cálcio e vitamina D para a saúde do esqueleto da criança.<br />
<br />
Além disso, o estímulo para a exposição à luz solar permite a conversão das formas inativas da vitamina D, existentes na pele, em formas ativas, que permitem a absorção intestinal do cálcio dos alimentos.<br />
<br />
<b>Se a forma carencial é pouco frequente, porque o raquitismo ainda existe?</b><br />
<br />
O que muitos não sabem é que o raquitismo pode ocorrer por perda excessiva urinária de fosfato e, com isso, interfere no metabolismo normal do cálcio e fósforo do organismo da criança.<br />
<br />
Nesta forma, o orgão responsável pela doença é o rim que permite a excreção excessiva de fosfato pela urina, prejudicando o depósito deste mineral no osso e com isso, a doença se desenvolve. Esta forma é conhecida como raquitismo hipofosfatêmico ou resistente a vitamina D.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-xG0ms1lMKGM/U6Gx6AyA1II/AAAAAAAACwI/o8MySvx13BM/s1600/rickets2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-xG0ms1lMKGM/U6Gx6AyA1II/AAAAAAAACwI/o8MySvx13BM/s1600/rickets2.jpg" height="320" width="298" /></a></div>
<br />
<br />
<b>Como suspeitar?</b><br />
<br />
Baixa estatura desproprocional, o tronco é pequeno e os membros são deformados grosseiramente. Os exames de laboratório e de imagem revelam alterações características da patologia.<br />
<br />
O tratamento inicial é medicamentoso sob supervisão do pediatra e do nefrologista.<br />
<br />
O tratamento promove a reversão das alterações agudas da doença, melhora nos exames laboratorias porém, a correção das deformidades pode não ocorrer completamente.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-dg_3pEdCAA8/U6Gx5YTbbCI/AAAAAAAACv8/lAqCjrEwA1I/s1600/rickets.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-dg_3pEdCAA8/U6Gx5YTbbCI/AAAAAAAACv8/lAqCjrEwA1I/s1600/rickets.jpg" height="320" width="223" /></a></div>
<br />
As deformidades que não corrigem ou aquelas que progridem, apesar do tratamento medicamentoso adequado, exigirão tratamento ortopédico.<br />
<br />
As técnicas cirúrgicas mais utilizadas são as epifisiodeses e as osteotomias de correção imediata ou progressiva, na dependência da idade da criança e do grau de deformidade.<br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Para agendar consulta o tel é (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.<br />
<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-91164460030891528652014-06-09T08:47:00.000-03:002014-06-09T08:47:44.043-03:00Conheça o quadril na Síndrome de Down<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-FS4QKS_BWgs/U48rbfuS5WI/AAAAAAAACvY/iLiggdQR1fk/s1600/_10112011164842_down.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-FS4QKS_BWgs/U48rbfuS5WI/AAAAAAAACvY/iLiggdQR1fk/s1600/_10112011164842_down.gif" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<b>O que é o quadril?</b></div>
<br />
É uma articulação, do membro inferior, formada pelos componentes anatômicos da cabeça e colo femoral e acetábulo.<br />
<br />
A cabeça femoral normal é esferica (redonda) e articula-se com o acetábulo.<br />
<br />
O acetábulo é a parte de cima da articulação, cobrindo praticamente toda a cabeça femoral e, por isso, é considerado o "teto" da articulação.<br />
<br />
Apenas 10 a 15% da cabeça femoral fica fora da cobertura acetabular, sendo considerado normal e fisiológico.<br />
<br />
A cabeça e colo femoral formam um ângulo chamado cervicodiafisário, cujo valor normal é determinado apenas, através de exame de imagem.<br />
<br />
Chamamos de coxa valga, o aumento patológico deste ângulo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-NdfaVT5enQU/U48rVOQTDwI/AAAAAAAACvQ/jgwo_9gonGs/s1600/anatomia+quadril.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-NdfaVT5enQU/U48rVOQTDwI/AAAAAAAACvQ/jgwo_9gonGs/s1600/anatomia+quadril.png" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Tendo este conhecimento preliminar, podemos agora, <b>definir para o leitor a nomenclatura atual e moderna para a patologia do quadril nas crianças com síndrome de down.</b></div>
<div style="text-align: left;">
<b><br /></b></div>
Chamamos de <b><span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;">displasia do quadril</span></b><span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;">,</span> a patologia em que existe qualquer anormalidade nos componentes anatômicos do quadril, citados acima.<br />
<br />
Portanto, <b>qualquer anormalidade no formato da cabeça femoral, formato do acetábulo, ângulo do colo femoral (coxa valga) e ausência ou diminuição da cobertura da cabeça femoral, determinarão o diagnóstico de <span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;">displasia do quadril.</span></b><br />
<b><br /></b>
A nomenclatura antiga, conhecida pela maioria dos leitores como luxação congênita do quadril, luxação adquirida do quadril, subluxação do quadril, quadril instável ou luxável, <b>foi substituida por um termo universal conhecido como <span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;">displasia do desenvolvimento do quadril.</span></b><br />
<b><br /></b>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Por que a nomenclatura mudou?</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
Por dois motivos principais, o primeiro seria o de <b>facilitar a comunicação entre os profissionais de saúde,</b> evitando equívocos de interpretação pois, as denominações antigas, na verdade representam estágios completamente diferentes da patologia do quadril ou seja, quando alguém se referia com o termo luxação congênita do quadril, quem ouvia não sabia se estavam falando sobre um quadril com ausência completa ou parcial da cobertura da cabeça femoral, se existia ou não coxa valga e se o quadril era instável ou não e, se o acetábulo (teto da articulação) estava bem formado ou não.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-AuTLEM6M7tM/U48rUge-HpI/AAAAAAAACvA/cvcgqR31tAI/s1600/down.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-AuTLEM6M7tM/U48rUge-HpI/AAAAAAAACvA/cvcgqR31tAI/s1600/down.jpg" /></a></div>
<br />
<b><br /></b>
<b>Portanto, as denominação antigas não permitiam aos interlocutores, falarem a mesma língua, </b>impedindo as conclusões necessárias quanto as formas de tratamento.<br />
<br />
A outra questão, que levou a modificação da nomenclatura, esta relacionada a <b>questões médico legais</b> pois, sabemos hoje, que as alterações do quadril da criança, podem ocorrer em <b><span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;">qualquer momento do desenvolvimento e crescimento, não sendo exclusivamente congênitas</span></b><span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;">. </span><br />
<br />
Então, quadris que nasceram com a anatomia e estabilidade normais,<b> podem</b> desenvolver a displasia, com o crescimento e desenvolvimento da criança.<br />
<br />
Com isso, <b>a nomenclatura passa a ser universal e, quando nos referimos ao <span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;">quadril displasico ou displasia do desenvolvimento do quadril</span>, todos os ouvintes entenderão a mesma coisa, ou seja, trata-se de uma anormalidade anatômica do quadril, seja no componente femoral (cabeça ou colo) ou no componente acetabular, com ou sem instabilidade articular.</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-9NUsTkdgFVU/U48rVKojdMI/AAAAAAAACvE/mfku-ypHHu4/s1600/1332329457120321-sandrome-down23.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-9NUsTkdgFVU/U48rVKojdMI/AAAAAAAACvE/mfku-ypHHu4/s1600/1332329457120321-sandrome-down23.jpg" height="214" width="320" /></a></div>
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"></span></b><br />
<br />
Na síndrome de down, os fatores que favorecem a displasia do quadril são a hipotonia (fraqueza dos músculos), frouxidão ligamentar exagerada e patológica além das alterações ósseas do desenvolvimento.<br />
<br />
A displasia do quadril <b>pode ser uma patologia silenciosa</b>, sem nenhum sintoma, no início da vida, só sendo descoberto se procurada pelo médico, nas consultas ortopédicas de rotina, com manobras de exame físico ortopédico e/ou através de imagem. Por isso, <b>é recomendado, de rotina, a avaliação dos quadris na criança com síndrome de down.</b><br />
<br />
Quando surgem sintomas, o mais frequente é a criança apresentar claudicação (mancar), sensação de falseio, quedas frequentes e, em estágios mais tardios, dor articular, encurtamento do membro inferior e limitação na mobilidade.<br />
<br />
Não existe um tratamento único para a displasia do quadril na Síndrome de Down, ou seja, <b>não existe uma "receita de bolo".</b><br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;">O tratamento é sempre individualizado para cada caso e visa corrigir todos os componentes que participam das anormalidades anatômicas.<span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; font-weight: normal;"></span></span></b><br />
<span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;"><b><br /></b></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-DoN810aRAEc/U48s0zSIZfI/AAAAAAAACvk/m07qxqcWKkg/s1600/estimula%C3%A7%C3%A3odown.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-DoN810aRAEc/U48s0zSIZfI/AAAAAAAACvk/m07qxqcWKkg/s1600/estimula%C3%A7%C3%A3odown.jpg" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;"><b><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; font-weight: normal;"></span></b></span><br />
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>O conhecimento científico atual:</b></div>
<br />
O quadril displásico na síndrome de down, com ou sem franca instabilidade, <b>precisa de correção ciúrgica para obter o resultado satisfatório.</b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Que resultado é esse?</b></div>
<br />
Promover a estabilidade articular, restabelecer a anatomia, acabar com as queixas apresentadas e restabelecer a congruência articular, garantindo função normal ao longo da vida.<br />
<br />
<b>As alterações ósseas femorais e acetabulares são corrigidas com osteotomias e a frouxidão ligamentar exagerada e patológica, com a capsuloplastia.</b><br />
<br />
A definição do procedimento esta bem estabelecida na literatura talvez, o mais dificil, é a determinação do melhor momento para a realização da cirurgia.<br />
<br />
Sabemos também que o <b><span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;">tratamento com órteses não oferecem resultados satisfatórios no quesito de establidade articular e nem na promoção das correções das anormalidades ósseas femorais ou acetabulares.</span></b><br />
<br />
Os quadris displásicos, na síndrome de down, exigirão correção cirúrgica, em algum momento da vida do jovem paciente.<br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Para marcar cosnulta o tel. é (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-37319408163585970242014-05-26T18:17:00.001-03:002014-05-26T18:17:10.039-03:00Os problemas da marcha na paralisia cerebral<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-jaeWtca8l4Y/U4OrNaJC7pI/AAAAAAAACt8/jIOFmSUSboo/s1600/article-2030400-0D9091BD00000578-773_468x519.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-jaeWtca8l4Y/U4OrNaJC7pI/AAAAAAAACt8/jIOFmSUSboo/s1600/article-2030400-0D9091BD00000578-773_468x519.jpg" height="320" width="288" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
A marcha é um conjunto de eventos que ocorrem nos membros inferiores da criança e que permitem a sua locomoção.<br />
<br />
Para que a locomoção ocorra de forma eficaz, é preciso que a musculatura funcione adequadamente, as articulações estejam com sua amplitude de movimento livre e sem restrições e que os alinhamentos ósseos estejam corretos.<br />
<br />
Qualquer encurtamento muscular, com ou sem limitação na mobilidade articular ou, até mesmo mal alinhamento angular ou rotacional nos ossos dos membros inferiores da criança, poderão produzir uma marcha ineficaz.<br />
<br />
Na paralisia cerebral, existe uma classificação motora funcional, conhecida com a sigla GMFCS, onde existem 3 grupos de envolvimento motor que permitem a marcha, seja ela independente ou com auxilio de andadores ou muletas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-8POInbB5N1c/U4OrNFzLGBI/AAAAAAAACuE/0JCvgYJ1W6M/s1600/-457ddb43f6483717.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-8POInbB5N1c/U4OrNFzLGBI/AAAAAAAACuE/0JCvgYJ1W6M/s1600/-457ddb43f6483717.JPG" height="320" width="209" /></a></div>
<br />
<br />
As dificuldades na locomoção na criança com paralisia cerebral são inúmeras pois, estamos falando de uma patologia que afeta a coordenação motora, o equilíbrio, leva a hipertonia muscular (espasticidade) e, muitas vezes, está acompanhado de distonia, ou seja, movimentos involuntários.<br />
<br />
Sabemos que as limitações nos movimentos dos quadris (principalmente a dificuldade na extensão completa), acompanhado ou não de limitação na abertura das pernas, limitação na extensão dos joelhos e deformidade nos pés (principalmente os pés equinos), são problemas que dificuldam as distâncias percorridas pelas crianças com paralisia cerebral.<br />
<br />
As alterações rotacionais dos ossos dos membros inferiores são responsáveis por anormalidades como marcha com os pés virados para dentro, sendo que na maioria das vezes, isso ocorre por deformidade rotacional interna excessiva femoral (osso da coxa).<br />
<br />
A deformidade rotacional externa excessiva da tíbia, osso da perna (segmento do membro inferior localizado abaixo do joelho), também pode ser o responsável por anormalidades na marcha da criança principalmente quando estamos diante de uma criança cujos pés estão apontados para fora quando caminham.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-GaVbpNmq_hU/U4OrpFjXUTI/AAAAAAAACuQ/4TMw3mARJLg/s1600/andador.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-GaVbpNmq_hU/U4OrpFjXUTI/AAAAAAAACuQ/4TMw3mARJLg/s1600/andador.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
Frequentemente, encontramos várias anormalidades no mesmo membro inferior da criança que contribuem em diversos graus, com os problemas na locomoção<br />
<br />
Os padrões de marcha anômalos frequentemente encontrados são:<br />
<br />
- Marcha na ponta dos pés ou marcha em equino, onde as crianças, ao caminharem, apoiam apenas a ponta dos pés no solo.<br />
<br />
- Marcha com os joelhos fletidos, ou seja, aquela em que a criança não consegue a extensão completa dos joelhos para manter-se em postura ereta. Esse tipo de marcha é também conhecido como marcha da "criança desabada".<br />
<br />
- Marcha em tesoura, ou seja, aquela em que, ao tentar dar o passo, uma perna cruza sobre a outra.<br />
<br />
- Marcha com os joelhos rígidos, ou seja, aquela em que a criança não consegue fletir os joelhos para dar o passo.<br />
<br />
Com o exame físico ortopédico especifico para a criança espástica, podemos identificar e diagnosticar os problemas na locomoção e com isso, fazer a melhor indicação para cada caso.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-7ZrnrQCo-aM/U4Ot8szZt8I/AAAAAAAACuc/_bta1zY5vaM/s1600/paralisia+cerebral.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-7ZrnrQCo-aM/U4Ot8szZt8I/AAAAAAAACuc/_bta1zY5vaM/s1600/paralisia+cerebral.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
Podemos ainda, utilizar o exame de laboratório da marcha em 3D ou 2D, onde a marcha é filmada de frente e de lado, como mais um objeto de analise para as conclusões necessárias.<br />
<br />
O tratamento ortopédico visa promover a correção de todos os componentes anômalos nos membros inferiores da criança, melhorando assim, seu desempenho motor e <b>dando mais autonomia para a locomoção em casa, na escola e na comunidade.</b><br />
<br />
Tanto as contraturas musculares, bem como e as deformidades esqueléticas (ósseas), precisam ser corrigidas e, para isso, contamos com as <b>cirurgias em múltiplos níveis.</b><br />
<br />
São cirurgias que envolvem alongamentos tendinosos múltiplos com ou sem transferências tendinosas e as correções ósseas sedo realizadas no mesmo momento, com as osteotomias.<br />
<br />
As vantagens das correções múltiplas são que, permitem a correção do membro inferior como um todo, no mesmo ato cirúrgico, permitem uma só reabilitação pós-operatória e evitam reinternações frequentes para as correções sucessivas.<br />
<br />
<b>O pós-operatório necessita de equipe de fisioterapeutas pediáricos para a reabilitação articular e treino da marcha de forma intensiva.</b><br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos,<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Tel. para agendar consulta: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-76615286133887342512014-05-19T14:27:00.000-03:002014-05-19T14:27:07.829-03:00Criança com a perna torta preocupa?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-jUDkZGo9E4Q/U3Yjg_9TLPI/AAAAAAAACtA/vDlWoDazJfc/s1600/article-1350750-006ED7CA00000258-750_1024x615_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-jUDkZGo9E4Q/U3Yjg_9TLPI/AAAAAAAACtA/vDlWoDazJfc/s1600/article-1350750-006ED7CA00000258-750_1024x615_large.jpg" height="192" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
O formato das pernas da criança, no início da marcha, é sempre observado pelos pais e cuidadores.<br />
<br />
Frequentemente, nesta fase da vida, a angulação normal das pernas da criança apresenta um arqueamento.<br />
<br />
Chamamos de geno varo, a angulação das pernas em que há um afastamento dos joelhos, quando a criança esta de pé.<br />
<br />
Isto é fisiológico e normal, no inicio da marcha.<br />
<br />
<b>Até que ponto isto é um problema?</b><br />
<br />
<b>Será que essa perna torta vai piorar?</b><br />
<br />
<b>Será que a criança precisa de algum aparelho corretivo?</b><br />
<br />
Para responder essas perguntas, a primeira coisa a fazer seria uma boa avaliação ortopédica com exame físico.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-TNzE4vLpQVI/U3YjYH-npaI/AAAAAAAACsw/yE4iALdSro4/s1600/Genu-Varum-Image-886x1024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-TNzE4vLpQVI/U3YjYH-npaI/AAAAAAAACsw/yE4iALdSro4/s1600/Genu-Varum-Image-886x1024.jpg" height="320" width="276" /></a></div>
<br />
<br />
Sabemos que o arqueamento fisiológico, frequentemente está acompanhado de deformidade rotacional interna da perna (tíbia) e, com isso, a criança caminha com os joelhos afastados e com a frente dos pés para dentro.<br />
<br />
<b>A deformidade é mais acentuada em crianças com sobrepeso e obesidade.</b><br />
<br />
Geralmente é simétrica, ou seja, uma perna é igual a outra mas, podemos encontrar assimetrias também.<br />
<br />
<b>Grandes assimetrias, são sinais de alerta quanto a evolução desfavorável.</b><br />
<br />
Um ponto importante, que precisa ser avaliado pelo médico, vem a ser a estabilidade ligamentar dos joelhos pois, a <b>frouxidão ligamentar exagerada com a manobra que provoca a deformidade em varo (arqueamento), pode ser um sinal de alerta para progressão da deformidade.</b><br />
<br />
A grande maioria das deformidades em varo das pernas da criança tem evolução benigna, ou seja, tendem a correção espontânea com o crescimento, dentro dos prazos estabelecidos na literatura médica.<br />
<br />
Na grande maioria dos casos, a recomendação é para uma vigilância ortopédica, com consultas a intervalos pré-determinados e regulares, para monitorar a evolução da angulação.<br />
<br />
Não há nenhuma recomendação para aparelhos corretivos para os casos de geno varo fisiológico.<br />
<br />
A história familiar positiva, também exerce influência na velocidade de correção.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Quando a família deve se preocupar?</b></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-VnTpDTVLIDo/U3YjanyS77I/AAAAAAAACs4/vTc4itIz-Ag/s1600/A00230F01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-VnTpDTVLIDo/U3YjanyS77I/AAAAAAAACs4/vTc4itIz-Ag/s1600/A00230F01.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
Nos casos em que há piora progressiva da angulação em varo, nos que apresentam acentuada assimetria com frouxidão ligamentar exagerada nos joelhos e, nos casos que não corrigem dentro dos prazos fisiológicos.<br />
<br />
Essas deformidade exigem avaliação física e com imagens pois, a região de crescimento da tibia precisa ser analisada quanto a possibilidade do <b>geno varo patológico.</b><br />
<br />
A principal causa de geno varo patológico, em crianças, é conhecida como <b>doença de Blount </b>e trata-se de uma patologia da região de crescimento da tíbia, de causa desconhecida e cujo tratamento corretivo exige cirurgia ortopédica.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Mensagem para os pais e cuidadores:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
- Geno varo em crianças precisa ser avaliado pelo ortopedista pediátrico.<br />
<br />
- Na maioria das vezes trata-se de deformidade fisiológica e temporária, com ótimo prognóstico para a correção espontânea, mesmo sem tratamento.<br />
<br />
- Acompanhamento regular é necessario para identificar precocemente aqueles casos patológicos<br />
<br />
- A principal causa de geno varo patológico é conhecido como doença de Blount e exige diagnóstico preciso, precoce e tratamento cirúrgico corretivo.<br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Para marcar consulta, tel.do consultório é (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-10177581324648127682014-05-12T10:46:00.002-03:002014-05-12T10:46:40.760-03:00Criança tem artrite?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-hmvrL7M_oic/U3C8IakLOJI/AAAAAAAACsc/2yLHqDd18bE/s1600/knee-pain-child.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-hmvrL7M_oic/U3C8IakLOJI/AAAAAAAACsc/2yLHqDd18bE/s1600/knee-pain-child.jpg" /></a></div>
<br />
A inflamação articular é conhecido com a denominação de artrite.<br />
<br />
<br />
As artrites podem ser de instalação aguda e súbita e, como exemplo, nós temos as artrites infecciosas conhecidas como artrites sépticas ou aquelas não infecciosas, sendo o principal exemplo a sinovite transitória.<br />
<br />
Encontramos também aquela artrites de instalação lenta, progressiva e persistente, com tempo de duração excedendo 6 semanas, tornando-se quadros crônicos sendo que, nestes casos, temos sempre que ter em mente a possibilidade de doença reumatológica pediátrica.<br />
<br />
A artrite idiopática juvenil (conhecida como a sigla AIJ) é a principal patologia reumatológica pediátrica.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>O que é a AIJ?</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Trata-se de uma patologia de causa desconhecida que caracteriza-se por inflamação não infecciosa acometendo uma ou várias articulações.<br />
<br />
Pode acometer uma articulação (chamada de forma monoarticular), a forma pauciarticular é aquela em que até 4 articulações são acometidas e a polarticular, quando acomete mais de 4 articulações.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-pHaOT7cwJAA/U2t_cdcgpNI/AAAAAAAACsA/BaWQKC-tbug/s1600/growing-pains_342x198_AAX97H.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-pHaOT7cwJAA/U2t_cdcgpNI/AAAAAAAACsA/BaWQKC-tbug/s1600/growing-pains_342x198_AAX97H.jpg" height="185" width="320" /></a></div>
<br />
A patologia afeta a membrana sinovial da articulação, levando a aumento do liquido sinovial, devido a inflamação e, mais tardiamente, leva a proliferação e hipertrofia do tecido sinovial.<br />
<br />
Geralmente as meninas são mais acometidas com idades de pico de incidência entre 1 a 4 anos com outro pico entre 9 a 14 anos.<br />
<br />
Com relação as articulações mais acometidas nós temos os joelhos, tornozelos e cotovelos, sendo que os quadris podem ser acometidos nas formas pauciarticulares ou poliarticulares.<br />
<br />
Nas formas monoarticulares da doença, o cenário encontrado é de uma criança de baixa idade, com estado geral normal, ativa, sem febre e apenas com queixas locais intermitentes de dor e limitação da mobilidade da articulação acometida. Se a articulação for do membro infeiror, claudicação (mancar) ou, até mesmo, não querer caminhar pode ser uma queixa apresentada.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-NX0FopJp3_A/U2t_cc0lmmI/AAAAAAAACsE/xQnrIMLuJR4/s1600/Extremity-joint-knee.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-NX0FopJp3_A/U2t_cc0lmmI/AAAAAAAACsE/xQnrIMLuJR4/s1600/Extremity-joint-knee.jpeg" /></a></div>
<br />
A definição quando ao diagnóstico exige investigação com exame físico, de imagem e laboratorial pois, diversos diagnósticos diferencias precisam ser afastados, principalmente as<b> artrites infecciosas agudas, artrite tuberculosa, osteomilelite subagudas, lesões tumorais periarticulares.</b><br />
<br />
Uma vez confirmado o diagnóstico de AIJ e afastado todas as causas ortopédicas de dor articular, a criança precisa ser tratada pelo reumatologista pediátrico.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-B0D1IOOhBB4/U3C8RedzG4I/AAAAAAAACsg/E_adsm2gWpg/s1600/drjosh0331-206x300.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-B0D1IOOhBB4/U3C8RedzG4I/AAAAAAAACsg/E_adsm2gWpg/s1600/drjosh0331-206x300.jpg" /></a></div>
<br />
O tratamento inicial é medicamentoso, visando a remissão da patologia porém, aqueles casos em que a inflamação articular não consegue ser controlada com medicamentos sistêmicos, exigem medicamentos intra-articulares.<br />
<br />
Fisioterapia motora é importamte para ganho de mobilidade e evitar surgimento de deformidades. <br />
<br />
O tratamento ortopédico cirúrgico destina-se para casos que evoluiram para deformidades com prejuizo motor e da marcha ou, para casos com importante limitação dolorosa articular com diminuição importante do espaço articular e alteraçoes degenerativas.<br />
<br />
Obrigado pela atenção,<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel <br />
<br />
Tel. do consultório para agendar consultas: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-54099466887808279702014-04-30T13:31:00.002-03:002014-05-12T12:34:29.072-03:00A escápula alta congênita. O que fazer?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-gACV6tNQieo/U2EjKY5hRII/AAAAAAAACrc/78uQ0v8whiM/s1600/PICT0247.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-gACV6tNQieo/U2EjKY5hRII/AAAAAAAACrc/78uQ0v8whiM/s1600/PICT0247.JPG" height="320" width="240" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Também conhecida como <b>deformidade de Sprengel,</b> caracteriza-se por uma falha na migração distal da escápula durante o desenvolvimento embrionário da criança.<br />
<br />
<b>É a deformidade congênita mais comum do ombro</b> porém, é uma patologia rara e de causa desconhecida.<br />
<br />
A escápula é um osso localizado na parte posterior do tórax, logo atrás do ombro. Sua localização normal é na altura entre a segunda e sétima vértebras torácicas.<br />
<br />
A movimentação normal da região escapulotorácica permite a amplitude de mobilidade do ombro, ou seja, a lilmitação na região escapulotorácica contribui para a limitação na mobilidade do ombro.<br />
<br />
Na escápula alta congênita, frequentemente encontramos conexões anômalas unindo a escápula à coluna cervical baixa e, contribuindo para o quadro clinico apresentado pelas crianças.<br />
<br />
Essas conexões podem ser de natureza fibrosa, cartilaginosa ou óssea (<b>conhecido como osso omovertebral</b>) e, são responsáveis pela limitação na mobilidade escapulotorácica.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-CdYlxodNAE0/U2EjKLTRP9I/AAAAAAAACrY/jXyK97-Ovqw/s1600/PICT0303.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-CdYlxodNAE0/U2EjKLTRP9I/AAAAAAAACrY/jXyK97-Ovqw/s1600/PICT0303.JPG" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fusão de vértebras cervicais e osso omovertebral</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
As crianças acometidas pela patologia apresentam <b>problemas estéticos e funcionais.</b><br />
<br />
Clinicamente o que chama a atenção vem a ser a <b>assimetria na altura dos ombros, ou seja, um ombro mais elevado do que o outro. Frequentemente, temos também o aspecto curto do pescoço com ou sem limitação na mobilidade da coluna cervical.</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-gACV6tNQieo/U2EjKY5hRII/AAAAAAAACrc/78uQ0v8whiM/s1600/PICT0247.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-gACV6tNQieo/U2EjKY5hRII/AAAAAAAACrc/78uQ0v8whiM/s1600/PICT0247.JPG" height="320" width="240" /></a></div>
<br />
<br />
No que diz respeito ao aspecto funcional, nos casos mais severos, encontramos crianças com <b>limitação na mobilidade do ombro principalmente na elevação para frente (flexão anterior) ou na abertura do braço (abdução).</b><br />
<br />
A patologia pode ser uni ou bilateral, sendo mais comum acometer apenas um lado.<br />
<br />
Deformidades associadas são muito comuns, sendo que, as principais são:<br />
<br />
- <b>Escoliose progressiva;</b><br />
<br />
- <b>Fusão de vértebras cervicais (vértebras em bloco), quando presentes são responsáveis pela limitação na mobilidade do pescoço;</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-W2Z9XNIctGQ/U2EjKWAzenI/AAAAAAAACrg/cb-LdKTDVg4/s1600/PICT0302.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-W2Z9XNIctGQ/U2EjKWAzenI/AAAAAAAACrg/cb-LdKTDVg4/s1600/PICT0302.JPG" height="320" width="240" /></a></div>
<br />
<br />
- Deformidades na parede torácica (pectus carinatum ou excavatum);<br />
<br />
- Fenda palatina e lábio leporino;<br />
<br />
- Agenesia renal.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Como classificar a escápula alta?</b></div>
<br />
Sempre levamos em consideração a aparência e o exame de imagem.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>O aspecto clínico:</b></div>
<br />
Grau 1 (muito leve) - Ombros nivelados e a deformiddade é imperceptível com a criança vestida<br />
Grau 2 (leve) - Ombros praticamente nivelados com um leve aumento de volume visivel na base do pescoço, quando a criança esta vestida.<br />
Grau 3 (moderado) - Evidente assimetria do ombro com a deformidade facilmente visível.<br />
Grau 4 (severo) - Ângulo superior da escápula encontra-se na região occipital e o pescoço é extremamente curto.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>O exame de imagem:</b></div>
<br />
É fundamental para a classificação pois, trata-se de um critério objetivo e leva em consideração o nível do bordo supero-medial da escápula em relação as vértebras torácicas e cervicais.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-le4IRD37UTc/U2EjK45unDI/AAAAAAAACrw/NRqc7kTc96A/s1600/PICT0304.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-le4IRD37UTc/U2EjK45unDI/AAAAAAAACrw/NRqc7kTc96A/s1600/PICT0304.JPG" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
O tratamento cirúrgico <b>só deve ser considerado </b>para casos com limitação grave na mobilidade do ombro ou para aqueles com deformidades clínicas classificadas como moderadas ou severas e, com critérios de imagem, revelando grave elevação da escápula.<br />
<br />
As crianças que apresentam deformidades associadas da coluna vertebral não se beneficiam da cirurgia no quesito melhora estética pois, o pescoço continuará curto e a assimetria da altura dos ombros também permanecerá. Nesses casos, a correção da deformidade da coluna é a prioridade.<br />
<br />
Existem diversas técnicas cirúrgicas para o tratamento porém, as que envolvem a ressecção do osso omovertebral e do bordo supero-medial da escápula, são as que oferecem os melhores resultados no quesito estético.<br />
<br />
A escolha do paciente deve ser criteriosa, respeitando os quesitos citados, para que os bons resultados sejam obtidos.<br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Tel. para marcação de consultas: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-24581397832469678722014-04-23T16:44:00.000-03:002014-04-23T16:48:44.929-03:00O joelho doloroso do adolescente.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-S-GPBQDvqfc/U1gUI4W_K6I/AAAAAAAACq4/uq2LLOx8FII/s1600/untitled.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-S-GPBQDvqfc/U1gUI4W_K6I/AAAAAAAACq4/uq2LLOx8FII/s1600/untitled.png" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Dor no joelho é uma queixa comum nos ambulatórios de ortopedia pediátrica e do adolescente.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Com muita frequência estaremos diante de dor na frente dos joelhos.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Existem diversas causas para dor na frente dos joelhos no adolescente, desde as próprias do joelho até a dor referida a distância, devido a patologias originadas do quadril.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Por isso, sempre que estivermos diante do adolescente com dor no joelho, é fundamental um exame completo também, da articulação do quadril.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Dentre as patologias próprias do joelho, devemos ressaltar:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Síndrome dolorosa femoropatelar:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-6oan6DSWvM8/U1gT4TWTKgI/AAAAAAAACqc/Cp6q8it-jc0/s1600/images1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-6oan6DSWvM8/U1gT4TWTKgI/AAAAAAAACqc/Cp6q8it-jc0/s1600/images1.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Trata-se da dor ao redor da patela (osso da frente do joelho).</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Acomete crianças ativas ou não.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Mais comum em meninas, principalmente na fase do estirão do crescimento da adolescência.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Os sintomas podem afetar os dois joelhos mas, com frequência, são mais intensos em um dos lados.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
As causas para a dor:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-ejZWbge8aKI/U1gT0dCFXbI/AAAAAAAACqU/QIyPgcrshNc/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-ejZWbge8aKI/U1gT0dCFXbI/AAAAAAAACqU/QIyPgcrshNc/s1600/images.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Mal alinhamento da patela, gerando lesões cartilaginosas dolorosas.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Overuse, ou seja, sobrecarga mecânica, ocorrendo principalmente em atletas.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Desequilíbrio muscular do quadríceps gerando anormalidades no funcionamento da articulação femoropatelar.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
A movimentação normal da patela é determinada pelo equilíbrio muscular do vasto medial e lateral (componentes do quadríceps), congruência articular da patela com o femur, no sulco troclear e também pelo alinhamento angular e rotacional do membro inferior.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
As forças mecânicas que atuam sobre a patela são maiores quando os joelhos realizam a flexão portanto, em situações em que há excessiva flexão dos joelhos como nos exercícios de agachamento, subir e descer escadas e saltos, haverá uma sobrecarga mecânica nesta articulação, podendo gerar sintomas dolorosos.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
As características físicas do paciente de risco para dor femoropatelar são:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Geno valgo e geno recurvato excessivo</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Anteversão femoral</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Torção externa tibial</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Pés pronados</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
As alterações congênitas da patela e do femur, também contribuem para a sintomatologia e, como exemplos temos:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Hipoplasia do côndilo lateral do femur e tróclea</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Patela alta</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Encurtamento congênito do quadríceps</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
As queixas apresentadas:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-JUGoj2IbzGM/U1gT-eay_wI/AAAAAAAACqs/NJSQMBdp6gw/s1600/imagesCA0EDOVA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-JUGoj2IbzGM/U1gT-eay_wI/AAAAAAAACqs/NJSQMBdp6gw/s1600/imagesCA0EDOVA.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Dor na frente dos joelhos durante ou após as atividades físicas ou longas caminhadas.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Dor com a permanência por muito tempo sentado</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- A sensação de falseio ou de instabilidade também pode ocorrer.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
A avaliação física:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Deve ser avaliado o alinhamento angular e rotacional do membro inferior, os pontos dolorosos na palpação da patela, principalmente o supero-lateral e o ínfero-medial, manobra de apreensão e a mobilização medial e lateral da patela deve ser observada.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-B6Wl2L9K5Sk/U1gT7UBnZqI/AAAAAAAACqk/0GxKW4yFe7A/s1600/images2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-B6Wl2L9K5Sk/U1gT7UBnZqI/AAAAAAAACqk/0GxKW4yFe7A/s1600/images2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
A atrofia do vasto medial deve ser observada pois, é muito frequente nos pacientes com dor femoropatelar.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
A avaliação com imagens é fundamental para as conclusões diagnósticas.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Com relação a instabilidade patelar existem basicamente 4 situações:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Tilt patelar, ou seja, situação decorrente do encurtamento do vasto lateral com hiperpressão lateral dolorosa na patela</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Subluxação patelar</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Instabilidade recorrente</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Luxação crônica irredutível</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
O tratamento depende de diversos fatores citados acima e do diagnóstico final etiológico para a dor e deve ser individualizado caso a caso.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Obrigado pela atenção.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Um abraço a todos.</div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: left;">
Dr. Maurício Rangel.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Tel. para marcar consulta: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.</div>
<!-- Blogger automated replacement: "https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F-JUGoj2IbzGM%2FU1gT-eay_wI%2FAAAAAAAACqs%2FNJSQMBdp6gw%2Fs1600%2FimagesCA0EDOVA.jpg&container=blogger&gadget=a&rewriteMime=image%2F*" with "https://1.bp.blogspot.com/-JUGoj2IbzGM/U1gT-eay_wI/AAAAAAAACqs/NJSQMBdp6gw/s1600/imagesCA0EDOVA.jpg" -->Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-37292662633766968232014-04-07T12:35:00.001-03:002014-04-07T12:35:42.466-03:00Como proteger o quadril da criança com paralisia cerebral?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-SgbUNfIh9KA/U0LDZw3RKEI/AAAAAAAACpU/rmERsnlkUUY/s1600/blog-january_6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-SgbUNfIh9KA/U0LDZw3RKEI/AAAAAAAACpU/rmERsnlkUUY/s1600/blog-january_6.jpg" height="238" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
O deslocamento do quadril ocorre em 35% das crianças com paralisia cerebral.<br />
<br />
Está diretamente relacionado a classificação motora funcional da criança (GMFCS).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-f1tjOH51KpM/U0LDaqTrQLI/AAAAAAAACps/Zc9FBFElgt8/s1600/gmfcs-levels.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-f1tjOH51KpM/U0LDaqTrQLI/AAAAAAAACps/Zc9FBFElgt8/s1600/gmfcs-levels.jpg" height="320" width="249" /></a></div>
<br />
<br />
Para um quadril ser considerado em risco, é preciso que o percentual de migração lateral esteja acima de 30%.<br />
<br />
Esse é um critério objetivo, que é definido através de exame de imagem do quadril.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-RrHDnxiAluE/U0LDbjuHHSI/AAAAAAAACp4/Qy7irdM4Kcc/s1600/graphic-5.large+12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-RrHDnxiAluE/U0LDbjuHHSI/AAAAAAAACp4/Qy7irdM4Kcc/s1600/graphic-5.large+12.jpg" height="320" width="316" /></a></div>
<br />
<br />
O deslocamento do quadril pode resultar em dor, diminuição da função com dificuldade para ficar em pé e para realizar as transferências, dificuldade para a abertura das pernas para a troca de fralda e higiene perineal.<br />
<br />
O risco para o deslocamento dos quadris é maior nas crianças não andadoras (cadeirantes), que tem dificuldade na sustentação da cabeça, onde o desequilíbrio muscular ao redor do quadril, associado a ausência de sustentação do peso corporal sobre os quadris, permitem o surgimento de alterações ósseas progressivas como coxa valga, anteversão femoral e displasia acetabular.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-7xZkbnWqD34/U0LDZk9A6UI/AAAAAAAACpQ/yGm4RBLI5xs/s1600/GMFCS-Level-V.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-7xZkbnWqD34/U0LDZk9A6UI/AAAAAAAACpQ/yGm4RBLI5xs/s1600/GMFCS-Level-V.jpg" height="174" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<b>O programa de vigilância dos quadril,</b> é um protocolo que existe no mundo todo (universal), onde todas as crianças portadoras de paralisia cerebral tem o monitoramento clínico e com imagem da congruência articular dos quadris, visando o diagnóstico precoce daqueles quadris de risco e o seu imediato tratamento.<br />
<br />
Uma vez definido que o quadril está em risco, com exame clínico da limitação do grau de abdução dos quadris e do elevado percentual de migração lateral da cabeça femoral , através de exame de imagem, devemos indicar o tratamento eficaz de imediato.<br />
<br />
O método não operatório com órteses ou com injeção de botox não é eficaz para o tratamento dos quadris subluxados na paralisia cerebral.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-PJRbDeHSgZQ/U0LDZxMe8iI/AAAAAAAACpc/eDtlB8WN8ks/s1600/1471-2474-8-101-1-l.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-PJRbDeHSgZQ/U0LDZxMe8iI/AAAAAAAACpc/eDtlB8WN8ks/s1600/1471-2474-8-101-1-l.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
O único tratamento eficaz em corrigir a subluxação do quadril e garantir a congruência articular na paralisia cerebral, é o tratamento cirúrgico.<br />
<br />
As cirurgias se subdividem em <b>procedimentos preventivos, reconstrutivos e de salvamento.</b><br />
<br />
A filosofia é prevenir sempre, reconstruir as vezes e, sempre que possível, evitar as cirurgias de salvamento.<br />
<br />
<b>A cirurgia preventiva é aquela que deve ser realizada na criança de baixa idade, desde que os quadris demonstrem os sinais de risco citados acima.</b><br />
<br />
Trata-se de um procedimento em que é realizado o alongamento cirúrgico dos músculos flexores e adutores do quadril.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-n7QO0ZtrIM0/U0LDaTqlMRI/AAAAAAAACpk/ksr6RE1VgR0/s1600/boy-blue-wheelchair.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-n7QO0ZtrIM0/U0LDaTqlMRI/AAAAAAAACpk/ksr6RE1VgR0/s1600/boy-blue-wheelchair.jpg" height="320" width="238" /></a></div>
<br />
<br />
O protocolo de vigilância do quadril na paralisia cerebral é fundamental para a identificação precoce dos quadris em risco e para a realização do tratamento cirúrgico eficaz.<br />
<br />
A excelência dos resultados estão diretamente relacionados ao percentual de migração lateral da cabeça femoral no momento da indicação, nunca excedendo 50%.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Conclusões:</b></div>
<br />
- Todas as crianças com paralisia cerebal precisam fazer o protocolo de vigilância com determinação clínica do grau de abertura dos quadris e com determinação do percentual de migração lateral no exame de imagem.<br />
<br />
- Aqueles quadris em risco devem ser submetidos ao tratamento preventivo de imediato.<br />
<br />
- Crianças cadeirantes, com pouca sustentação da cabeça e com tetraparesia espástica são as de maior risco para patologias dos quadris.<br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Para marcar consulta, tel. (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-3873934089277182882014-03-26T09:39:00.001-03:002014-03-26T09:39:03.607-03:00Conheça a fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-MQ0ew7z_a5s/UzBCHbiMsAI/AAAAAAAACo4/hTv4RXc1I-4/s1600/F1.medium.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-MQ0ew7z_a5s/UzBCHbiMsAI/AAAAAAAACo4/hTv4RXc1I-4/s1600/F1.medium.gif" height="320" width="239" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
Trata-se de uma patologia rara, que caracteriza-se por malformação congênita do hálux bilateral (dedão do pé) e progressiva ossificação dos tecidos musculoesqueléticos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-xYgwYtyDXmU/UzBCHLdTgBI/AAAAAAAACo0/RvdyZbGWJrY/s1600/flashgraphic_toes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-xYgwYtyDXmU/UzBCHLdTgBI/AAAAAAAACo0/RvdyZbGWJrY/s1600/flashgraphic_toes.jpg" height="91" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Manifesta-se na primeira década de vida.<br />
<br />
Afeta meninos e meninas.<br />
<br />
A causa é hereditária, com padrão de herança autossômico dominante mas, pode ocorrer como um primeiro caso, em uma família sem nenhum antecendente da patologia, devido a mutação genética.<br />
<br />
Uma das características clinicas mais importantes e que chamam a atenção para a possibilidade do desenvolvimento da patologia vem a ser a deformidade congênita do hálux (dedão do pé), ou seja, a criança já nasce com o "dedão" curto e valgo, <b>veja a foto abaixo.</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-zVxxplGm5dM/UzBANCN7_uI/AAAAAAAACok/VQql9pJDlmU/s1600/PICT0539.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-zVxxplGm5dM/UzBANCN7_uI/AAAAAAAACok/VQql9pJDlmU/s1600/PICT0539.JPG" height="320" width="240" /></a></div>
<br />
<br />
As manifestações da doença ocorrem com o surgimento de nódulos dolorosos em tecidos moles (músculos e ligamentos), que evoluem para ossificação heterotópica, com formação de caroços, de consistência endurecida, pelo corpo, gerando deformidades e rigidez articular progressiva.<br />
<br />
O principal local de acometimento é o <b>esqueleto axial, ou seja, pescoço e coluna vertebral mas, pode acometer qualquer parte do corpo da criança.</b><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-OFFfgNggsi0/UzBAMYyz_8I/AAAAAAAACoQ/KGmBPm2kkkk/s1600/PICT0542.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-OFFfgNggsi0/UzBAMYyz_8I/AAAAAAAACoQ/KGmBPm2kkkk/s1600/PICT0542.JPG" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Observem a ossificação do múculo do pescoço a direita</b>.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
A maioria das ossificações em partes moles, <b>ocorrem espontâneamente mas</b>,<b> o principal fator que predispõe a piora da doença vem a ser o traumatismo em partes moles.</b><br />
<br />
As manifestações iniciais da doença, com frequência, são mal diagnosticadas, gerando equívocos de conduta médica que tem consequências ruins para a criança.<br />
<br />
O principal equívoco acometido, na maioria dos casos, é a realização de biópsias para diagnosticar a causa dos caroços que surgem pelo corpo.<br />
<br />
<b>Sabemos que procedimentos invasivos como biópsias e cirurgias, acarretam trauma aos tecidos moles e com isso, aceleram o processo de ossificação de partes moles, piorando a doença.</b><br />
<br />
Portanto, é importante identificar as características físicas da doença para o seu reconhecimento clínico, realizar exames de imagem, <b>evitando procedimentos invasivos que sabidamente pioram a doença.</b><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-OwLXzEL-78A/UzBAMMtdFMI/AAAAAAAACoM/Hps-srD5A2k/s1600/PICT0541.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-OwLXzEL-78A/UzBAMMtdFMI/AAAAAAAACoM/Hps-srD5A2k/s1600/PICT0541.JPG" height="320" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Halux curto, valgo, hipoplasia da falange proximal.</b></td></tr>
</tbody></table>
<br />
Com a evolução da doença, o comprometimento respiratório pode ocorrer por dificuldade de expansão da parede toracica (doença restritiva).<br />
<br />
A deformidade do "dedão" do pé, <b>não </b>deve ser corrigida cirurgicamente pois, acelera o processo de ossificação de partes moles e piora a doença.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-FvzBUsWqmiY/UzBALtj63GI/AAAAAAAACoI/et5W-NJMoic/s1600/PICT0538.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-FvzBUsWqmiY/UzBALtj63GI/AAAAAAAACoI/et5W-NJMoic/s1600/PICT0538.JPG" height="320" width="240" /></a></div>
<br />
<br />
Sabemos que o músculo diafragma (responsável pala respiração), músculos extra-oculares e coração<b> não </b>são acometidos pela doença.<br />
<br />
Não há tratamento definitivo curativo para a doença, bem como não há tratamento preventivo eficaz.<br />
<br />
Medicamentos antiinflamatórios esteróides ou não esteróides, são paliativos.<br />
<br />
<b>O diagnóstico precoce clínico pode ser confirmado com teste genético, sendo extremamente importante para prevenir dano iatrogênico.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Biópsia para esclarecimento dos "caroços" não devem ser realizadas pois, pioram a doença.</b><br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Para agendar consultas o tel. é (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-28317149985546337112014-03-19T10:04:00.002-03:002014-03-19T10:04:56.620-03:00 A rigidez do cotovelo nas crianças. O tratamento.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-0xB5sSfyxZ4/UyMX9JT6AJI/AAAAAAAACnQ/H8ptSBEa0lY/s1600/Stiff-Elbow.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-0xB5sSfyxZ4/UyMX9JT6AJI/AAAAAAAACnQ/H8ptSBEa0lY/s1600/Stiff-Elbow.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Quando falamos de rigidez do cotovelo estamos nos referindo a limitação na mobilidade articular para a extensão e flexão.<br />
<br />
A limitação da mobilidade do cotovelo causa diversos problemas para as atividades diárias e coisas simples, feitas por nós, passam a ser um grande problema, ou seja, a limitação na flexão dificulta levar a mão a boca (para a alimentação), levar a mão até a cabeça e rosto (para higiene, escovar dentes, falar ao telefone, pentear o cabelo).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-tz2mHshw9YU/UyMX95ZTRXI/AAAAAAAACng/XLptsNyrwMk/s1600/elbow_flex.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-tz2mHshw9YU/UyMX95ZTRXI/AAAAAAAACng/XLptsNyrwMk/s1600/elbow_flex.jpg" /></a></div>
<br />
Com relação a limitação na extensão os pacientes tem dificuldades para vestir roupas, fazer a higiene do períneo, fazer esportes, além de queixas estéticas com a aparência do cotovelo sempre fletido.<br />
<br />
Muitas vezes, alem da rigidez, as crianças e adolescentes aprentam dor com a manipulação passiva forçada o que dificulta ainda mais o dia a dia desses pacientes.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-SsWTD-MVfPo/UyMX8Tmz3uI/AAAAAAAACnA/stao5NHwidk/s1600/Gravity-extension-stretch-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-SsWTD-MVfPo/UyMX8Tmz3uI/AAAAAAAACnA/stao5NHwidk/s1600/Gravity-extension-stretch-2.jpg" height="200" width="320" /></a></div>
<br />
Na maioria das vezes, a rigidez ocorre após o tratamento de fraturas isoladas do cotovelo, luxações isoladas ou de traumas mais complexos como a fratura-luxação do cotovelo, sendo conhecida como<b> rigidez pós-traumática.</b><br />
<br />
Pode ocorrer mesmo após o tratamento conservador (não operatório) ou após tratamento cirúrgico.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-QN69PuUxSyQ/UyMX8GVmThI/AAAAAAAACm0/-fHJ3r6e0wc/s1600/01234.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-QN69PuUxSyQ/UyMX8GVmThI/AAAAAAAACm0/-fHJ3r6e0wc/s1600/01234.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Por que a rigidez ocorre?</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Por diversos fatores que precisam ser definidos na avaliação médica de cada caso.<br />
<br />
<b>Fatores como:</b><br />
<br />
- Consolidações viciosas (quando a fratura consolida fora da sua posição anatômica);<br />
<br />
- Incongruência articular (quando a superfície articular esta com alguma irregularidade);<br />
<br />
- Impactos ósseos ou de material de sintese, usado em casos que foram operados (Quando há colisão de fragmentos ósseos ou de sintese ortopédica, impedindo a mobilidade completa);<br />
<br />
- Fragmento ósseo intra-articular (presença de espiculas ósseas dentro da articulação);<br />
<br />
- Contraturas e encurtamentos da cápsulas e ligamentos (cicatrizaram com fibrose)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-nbaZ5X4860w/UyMX9No6VdI/AAAAAAAACnY/Z6mZ5zX13Mc/s1600/Gravity-flexion-stretch.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-nbaZ5X4860w/UyMX9No6VdI/AAAAAAAACnY/Z6mZ5zX13Mc/s1600/Gravity-flexion-stretch.jpg" height="200" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<b>Na avaliação médica é importante determinar a presença de dor articular, o grau de movimento atual, qual o principal movimento limitado (flexão ou extensão), se existe ou não sinal de neurite, ou seja, irritação dos nervos que passam próximo ao cotovelo e quais as incapacidades funcionais.</b><br />
<br />
A avaliação com imagens é fundamental para o completo estudo do problema.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Como tratar?</b></div>
<br />
O objetivo do tratamento é restabelecer o arco de movimento funcional do cotovelo, permitindo assim a realização das atividades diárias, além de diminuir as queixas dolorosas associadas.<br />
<br />
<b>O tratamento é desafiador, difícil, prolongado e exige colaboração da criança ou adolescente bem como um perfeito entendimento do problema por parte de familiares ou cuidadores.</b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>As modalidades de terapias existentes são:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
- Exercicios fisioterápicos supervisionados por profissional capacitado (exercicios ativos e passivos).<br />
<br />
- Utilização de órteses ou braces com dobradiça para ganho de mobilidade.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-UNmTe4B1gXE/UyMX8HYeXjI/AAAAAAAACm4/hOAYSg6V0dY/s1600/E3-aircastmayo-med.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-UNmTe4B1gXE/UyMX8HYeXjI/AAAAAAAACm4/hOAYSg6V0dY/s1600/E3-aircastmayo-med.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
- Casos resistentes e refratátrios ao tratamento conservador, devemos considerar o tratamento cirúrgico abordando as causas para a rigidez, de acordo com cada caso em questão.<br />
<br />
As cirurgias podem ser artroscópicas ou abertas.<br />
<br />
Ainda existe um predomínio das cirurgias abertas, principalmnente para aqueles casos em que há necessidade de retirada de material de síntese ortopédica e de realização de liberações dos nervos periarticulares (neurólise).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-0VltuoYZC5A/UyMX8w7nuYI/AAAAAAAACnM/SNvZGjricxA/s1600/Pronation-stretch.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-0VltuoYZC5A/UyMX8w7nuYI/AAAAAAAACnM/SNvZGjricxA/s1600/Pronation-stretch.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
Importante ressaltar que é fundamental a manutenção da fisioterapia motora no pós-operatório e da órtese, para manutenção da mobilidade obtida.<br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Tel. para marcação de consultas: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-78953100906990536682014-03-10T10:05:00.001-03:002014-03-10T10:05:56.407-03:00Melhorando a marcha na paralisia cerebral.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-bUDoIA-FJAg/UxYTEY_ZS5I/AAAAAAAACmg/QlJkQyMBP-o/s1600/CP-09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-bUDoIA-FJAg/UxYTEY_ZS5I/AAAAAAAACmg/QlJkQyMBP-o/s1600/CP-09.jpg" /></a></div>
<br />
As crianças com paralisia cerebral que conseguem caminhar, podem apresentar distúrbios motores que dificultam a sua capacidade de deslocamento.<br />
<br />
Faz parte do tratamento ortopédico reconhecer e promover a melhora na postura ereta dessas crianças e, consequentemente, melhorar a capacidade para caminhar maiores distâncias.<br />
<br />
Um dos problemas comuns, visto nas crianças com paralisia cerebral, vem a ser a <b>marcha com o joelho fletido.</b><br />
<br />
<b>O que é isso?</b><br />
<br />
Ocorre quando observamos a incapacidade da criança em esticar completamente o joelho quando o pé esta apoiado no chão.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-KOLXftZA2JA/UxYS_BfgmzI/AAAAAAAACmY/sKz4BFywpgU/s1600/Spastic.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-KOLXftZA2JA/UxYS_BfgmzI/AAAAAAAACmY/sKz4BFywpgU/s1600/Spastic.jpg" height="227" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Um dos motivos para isso ocorrer, mas<b> não o único</b>, vem a ser a hipertonia (espasticidade) ou encurtamento dos músculos posteriores da coxa. Esses músculos não conseguem o relaxamento adequado ao ponto de permitirem a completa extensão dos joelhos durante a marcha, levando a grande comprometimento da performance motora da criança.<br />
<br />
Outros fatores, <b>frequentemente associados </b>e que também contribuem para a marcha com os joelhos fletidos são:<br />
<br />
- Deformidade em flexão dos quadris, ou seja, a incapacidade da criança em esticar completamente o quadril na hora de ficar em pé. Clinicamente observamos uma postura de inclinação para frente do tronco, quando posicionamos a criança de pé.<br />
<br />
- Fraqueza da panturrilha, frequentemente ocorre em crianças que foram submetidas a procedimentos cirúrgicos prévios, sem sucesso, que promoveram o enfraquecimento da panturrilha e, com isso, não conseguem também, esticar completamente os joelhos.<br />
<br />
- Fraqueza do quadríceps (músculo da frente da coxa), que é um componente da história natural da criança com paralisia cerebral<br />
<br />
- Deformidade óssea na tíbia (osso da perna), em rotação externa e deformidade nos pés (plano valgo).<br />
<br />
Portanto, como visto acima, o problema da marcha com o joelho fletido,<b> não se restringe a deformidade exclusiva do joelho. </b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-jnfvr8X2hMU/UxYS7spr7jI/AAAAAAAACmQ/iQxLxOZe-30/s1600/jkma-51-475-g009-l.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-jnfvr8X2hMU/UxYS7spr7jI/AAAAAAAACmQ/iQxLxOZe-30/s1600/jkma-51-475-g009-l.jpg" height="182" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Todo o membro inferior deve ser analisado e, o exame físico dos quadris, tornozelos e pés, associado a análise com laboratório da marcha, permitem ao cirurgião avaliar todos os componentes que contribuem para a dificuldade de locomoção destas crianças.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Promovendo o tratamento:</b></div>
<br />
O tratamento eficaz e definitivo para corrigir as deformidades que prejudicam a marcha da criança com paralisia cerebral, é conhecido como <b>correção cirúrgica em múltiplos níveis.</b><br />
<br />
<b>O que é isso?</b><br />
<br />
Trata-se de procedimento que visa corrigir os encurtamentos musculares, através de alongamentos tendinosos e também, as deformidades ósseas associadas, através de osteotomias.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-I4V_5K0CisI/UxYSsOzRMiI/AAAAAAAACl8/JQd0NwlwbII/s1600/hamstrings.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-I4V_5K0CisI/UxYSsOzRMiI/AAAAAAAACl8/JQd0NwlwbII/s1600/hamstrings.jpg" height="211" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
O momento para a realização da cirurgia deve ser preciso e, <b>existem critérios para definição deste momento</b>.<br />
<br />
São levados em consideração a idade da criança, o grau de deformidade articular em cada segmento do membro inferior, o desempenho motor até o momento, as terapias realizadas previamente, as órteses utilizadas e as expectativas quanto a melhora promovida.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>O problema das recidivas:</b></div>
<br />
Esta muito associado ao não reconhecimento e correção de todos os componentes que participam da deformidade da marcha.<br />
<br />
Sabemos hoje que a correção das deformidade ósseas da perna e dos pés, quando existirem, são parte integrante do que chamamos avaliação completa do membro inferior da criança e com isso, <b>garantem a manutenção dos resultados a longo prazo, sem recidivas.</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-twh2fNhlopo/UxYSwMI8YxI/AAAAAAAACmE/Wt9avMMwcfI/s1600/a10fig01.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-twh2fNhlopo/UxYSwMI8YxI/AAAAAAAACmE/Wt9avMMwcfI/s1600/a10fig01.gif" height="320" width="242" /></a></div>
<br />
<br />
<b>Conclusão:</b><br />
<br />
A cuidadosa seleção da cirurgia é fundamental para oferecer melhores resultados com aumento do comprimento do passo, melhora na postura ereta de criança, diminuição da cadência e maiores distâncias percorridas com marcha mais fisiológica, a longo prazo.<br />
<br />
<b>Podemos oferecer resultados concretos, com grande melhoria motora nas crianças com paralisia cerebral, deste que sejam submetidas a meticulosa avaliação ortopédica e seleção dos procedimentos cirúrgicos adequados.</b><br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel<br />
<br />
Tel. para agendamento de consulta, (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-29555675309046038392014-02-20T09:17:00.001-03:002014-02-20T09:17:31.279-03:00Saiba tudo sobre as órteses na paralisia cerebral<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-MubTaZXIAtc/UwTgaxrhCmI/AAAAAAAAClo/j2M8dJEumbw/s1600/cayla-afos-45-of-531.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-MubTaZXIAtc/UwTgaxrhCmI/AAAAAAAAClo/j2M8dJEumbw/s1600/cayla-afos-45-of-531.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Crianças com paralisia cerebral espástica apresentam hipertonia muscular, ou seja, um estado de contração involuntário e constante nos músculos envolvidos, tornando-os mais rígidos, além de, distúrbios do movimento, coordenação, equilíbrio e força muscular.<br />
<br />
Uma das manifestações mais comuns, na criança com paralisia cerebral é a deformidade em equino dos pés, ou seja, ficam na ponta dos pés quando são colocadas em pé ou, naquelas que tem capacidade de marcha, o fazem sempre na ponta dos pés.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-VwLTpRvkumM/UwTgQ_5QRpI/AAAAAAAAClE/86MysloIpzA/s1600/IMG_3812.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-VwLTpRvkumM/UwTgQ_5QRpI/AAAAAAAAClE/86MysloIpzA/s1600/IMG_3812.JPG" height="320" width="249" /></a></div>
<br />
<br />
Dentre as modalidades de tratamento existentes para as crianças com paralisia cerebral, encontramos as órteses.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>O que é uma órtese?</b></div>
<br />
É um aparelho, feito de polipropileno (plástico resistente), com tiras de velcro.<br />
<br />
A mais utilizada na paralisia cerebral é a órtese conhecida com a sigla AFO, que em inglês significa (A- ankle, F- foot, O- orthosis), ou seja, órtese tornozelo-pé.<br />
<br />
Utilizada abaixo do joelho, por trás da panturrilha, tornozelo e pé, fixado ao segmento corporal com as tiras de velcro (veja exemplo abaixo).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-lQZDkBTKnTg/UwTgSGnHM6I/AAAAAAAAClc/N9MGECT9jCY/s1600/sa+afo+7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-lQZDkBTKnTg/UwTgSGnHM6I/AAAAAAAAClc/N9MGECT9jCY/s1600/sa+afo+7.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Para que serve uma órtese?</b></div>
<br />
Os objetivos a serem alcançados com a órtese vão depender do prognóstico de marcha da criança e, <b>são diferentes para as crianças que são cadeirantes, daquelas que são andadoras.</b><br />
<br />
Precisamos ter isso sempre em mente e, transmitir aos familiares e cuidadores, os reais objetivos que queremos alcançar quando prescrevemos uma órtese.<br />
<br />
Na minha pratica diária, vejo muitos profissionais que lidam com crianças portadoras de paralisia cerebral, confundirem os objetivos das órteses, dando muita importância a alguns pontos irrelevantes e, não valorizando pontos importantes, de acordo com o comprometimento motor da criança em questão.<br />
<br />
Essa visão equivocada, acaba por trazer insegurança para os familiares e a sensação de que alguma coisa está errada e precisa ser modificada, ou seja, o médico fala uma coisa, enquanto outro profissional fala outra, sem o menor fundamento científico para isso. Quem sai prejudicado com isso é a criança que fica no centro deste fogo cruzado!<br />
<br />
Por isso, costumo dizer que, quem deve sempre ser o responsável pelo tipo de órtese prescrito e por explicar todos os benefícios do aparelho para cada criança tratada, é o médico assistente.<br />
<br />
Confiem nas orientações médicas, as dúvidas ou opiniões de qualquer outro profissional de saúde devem ser trazidas ao médico responsável pelo tratamento, só ele pode trazer a tranquilidade necessária para a família e cuidadores de que tudo esta sendo feito seguindo os princípios éticos e ortopédicos para o benefício da criança.<br />
<br />
O médico assistente é quem tem o fundamento científico necessário para prescrever a órtese correta para cada tipo de criança com paralisa cerebral e para esclarecer os benefícios esperados.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Órteses para crianças não andadoras:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-yd--HUjybVM/UwTgQ3aB_BI/AAAAAAAAClA/2zpAmc-VcYE/s1600/10475012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-yd--HUjybVM/UwTgQ3aB_BI/AAAAAAAAClA/2zpAmc-VcYE/s1600/10475012.jpg" height="219" style="cursor: move;" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
As crianças não andadoras, na maioria das vezes, tem envolvimento motor acometendo o corpo todo (tetraparéticas espásticas), muitas tem gastrostomia e traqueostomia e, crises consulsivas controladas com medicamentos.<br />
<br />
A finalidade da órtese é o de manter o tornozelo e pé em posição fisiológica de forma que a criança ao ser colocada em pé, fique com o apoio da planta do pé todo no solo e não, na postura em equino (ponta de pé).<br />
<br />
Impede também os movimentos de inversão e eversão do pé, ou seja, varo e valgo, que com frequência acompanham a deformidade em equino, contribuindo assim para a manutenção da posição plantígrada e estável dos pés.<br />
<br />
Mantém a panturrilha sempre alongada, com isso, evitando ou postergando o surgimento de deformidade fixas e irredutíveis, ou seja, aquelas em que ao manipularmos os pés, não conseguimos coloca-los na posição fisiológica de 90 graus com a perna.<br />
<br />
<b>Com isso, conseguimos obter uma base de sustentação dos pés e tornozelos, estáveis, plantígrados, que permita a criança realizar o ortostatismo terapêutico (ser colocada em posição de pé) e todos os benefícios que a postura ereta propicia para a criança.</b><br />
<br />
<b>Isso sim, justifica o uso e prescrição de órtese AFO, para as crianças não andadoras.</b><br />
<br />
Importante ressaltar que, na criança não andadora, em nenhum momento nos preocupamos com a curvinha medial dos pés, ou seja, com o arco longitudinal medial dos pés pois, não é esse o objetivo da órtese. <br />
<br />
Estamos nos preocupando com objetivo muito maior e importante do que a curvinha medial do pé, preocupação com isso, seria valorizar coisas irrelevantes para a criança não andadora.<br />
<br />
Gostaria que o leitor fizesse uma reflexão sobre isso. Tenho certeza que concordarão comigo.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>A órtese para crianças andadoras:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-GKuUpeiY-Ok/UwTgQgTW3iI/AAAAAAAAClI/G1Q09fewkoY/s1600/0511OPBN+019_250_269_82645.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-GKuUpeiY-Ok/UwTgQgTW3iI/AAAAAAAAClI/G1Q09fewkoY/s1600/0511OPBN+019_250_269_82645.jpg" /></a></span></b></div>
<br />
A marcha é dividida em <b>fase de apoio</b> (aquela em que o pé esta em contato com o solo) e <b>fase de balanço</b> (aquela em que o pé está fora do contato com o solo, no momento do passo).<br />
<br />
Enquanto um pé esta na fase de apoio, o outro esta na fase de balaço.<br />
<br />
<b>60% do ciclo da marcha, os pés estão em contato com o solo e 40%, estão fora do contato com o solo.</b><br />
<br />
As órteses trazem benefícios em ambas as fases da marcha na criança com paralisia cerebral.<br />
<br />
Além dos mesmos benefícios citados para as crianças não andadoras, é importante citar que:<br />
<br />
- Permitem ao pé, ao sair do solo para iniciar o passo, não arraste a ponta no chão;<br />
<br />
- Permitem o contato inicial do pé com o solo, ser feito com o calcanhar e não com a ponta do pé;<br />
<br />
- Permitem o aumento do comprimento do passo;<br />
<br />
- Diminuem a cadência da marcha, ou seja, permitem que a criança dê menor número de passos para percorrer uma distância porém, com maior comprimento do passo, tornando a marcha mais eficiente e com menor gasto energético.<br />
<br />
Com isso a criança caminha maiores distâncias, com menor fadiga.<br />
<br />
Faz com que a marcha seja feita de forma mais fisiológica, ou seja, começando com o apoio do calcanhar, seguido pelo apoio da planta e por último a ponta dos dedos.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Conclusões:</b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-DUGcq69pEcA/UwTgRZZ8xWI/AAAAAAAAClY/LeREtw8eDMc/s1600/boy-in-wheelchair.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-DUGcq69pEcA/UwTgRZZ8xWI/AAAAAAAAClY/LeREtw8eDMc/s1600/boy-in-wheelchair.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
O tipo de órtese,e seus objetivos para a criança com paralisia cerebral são de responsabilidade do médico assistente.<br />
<br />
Ouçam com atenção as justificativas apresentadas para a prescrição e, confiem em seus médicos.<br />
<br />
Opiniões divergentes, não trazem nenhum benefício para a criança, qualquer coisa dita por outro profissional de saúde que lida com a criança deve ser imediatamente esclarecida e conversado com o médico.<br />
<br />
Todo o conhecimento cientifico citado neste texto é divulgado amplamente na literatura mundial sobre esse assunto e, são originados dos avanços que o laboratório de marcha trouxe para a compreensão da marcha da criança com paralisia cerebral espástica.<br />
<br />
Obrigado pela atenção.<br />
<br />
Um abraço a todos.<br />
<br />
Dr. Maurício Rangel.<br />
<br />
Marcação de consultas: tel. (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14067888775745743012noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6469571799592566677.post-58862335234776562772014-02-13T10:09:00.001-02:002014-02-13T10:09:37.656-02:00Ortopedia pediátrica sem excessos.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-zuEfQRoewYk/Uvi4K2vAfkI/AAAAAAAACks/7G27f601b6I/s1600/bebe-desenvolvimento-motor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-zuEfQRoewYk/Uvi4K2vAfkI/AAAAAAAACks/7G27f601b6I/s1600/bebe-desenvolvimento-motor.jpg" height="274" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Hoje o assunto é você pai ou mãe que, com toda razão, se preocupa com a saúde ortopédica dos seus filhos e, logo no início da vida, mais precisamente quando a criança começa a caminhar, percebem as pernas tortas, pisada para dentro, pés planos, quedas frequentes e desequilibrio.<br />
<br />
<b>Os vizinhos falam </b>das <b>pernas tortas</b> dos seus filhos, <b>a professora da escola fala</b> que a criança tem pés planos e cai muito, <b>os avós pressionam </b>para que levem a criança para o médico e usam como justificativa que na época deles, usaram vários aparelhos corretivos sendo que, liderando o ranking de utilização nós temos as botas ortopédicas, os aparelhos noturnos com dobradiças corretivas para as pernas, as faixas elásticas antirotatórias para os membros inferiores e os gessos sucessivos corretivos, nas pernas, para desentortar progressivamente.<br />
<br />
<b>E agora o que fazer?</b><br />
<br />
Vamos seguir a orientação dos mais velhos, não é?<br />
<br />
Afinal de contas é a voz da experiência que esta falando e, todos nós precisamos de uma orientação sobre o que esta acontecendo com a criança.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-RsgBo_aTGQU/Uvi3nqoBwDI/AAAAAAAACkU/UF9TlN1AxSs/s1600/160586342-640x426.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-RsgBo_aTGQU/Uvi3nqoBwDI/AAAAAAAACkU/UF9TlN1AxSs/s1600/160586342-640x426.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<b>Vamos pensar juntos:</b><br />
<br />
Quantos de vocês, que estão lendo este artigo, usaram na infância as chamadas botas ortopédicas?<br />
<br />
Tenho certeza que muitos irão se identificar.<br />
<br />
E o que falar dos aparelhos noturnos (órteses), feitos de plástico resistente, com dobradiças para correção de pernas tortas?<br />
<br />
E as palmilhas para correção de pés planos? Frequentemente, vejo relatos de crianças que passam a infância toda usando palmilhas.<br />
<br />
<b>Precisamos fazer uma reflexão!</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-s97-I6dpQAE/Uvi3YezqbPI/AAAAAAAACkA/5rwWoU_kVjo/s1600/cr1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-s97-I6dpQAE/Uvi3YezqbPI/AAAAAAAACkA/5rwWoU_kVjo/s1600/cr1.jpg" height="320" width="213" /></a></div>
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Será que ao longo dos anos a medicina não evoluiu?<br />
<br />
Ainda é frequente encontrarmos na rua, na escola, no clube, crianças usando botas ortopédicas?<br />
<br />
Será que toda perna torta, seja para dentro (geno valgo) ou para fora (geno varo/ pernas arqueadas), sempre é uma doença que precisa de algum aparelho?<br />
<br />
E o pé plano, também conhecido como pé chato, sempre é uma doença do pé ou, existe uma fase em que ter pés planos é considerado normal?<br />
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<b>A importância da consulta médica com profissional capacitado e atualizado:</b></div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-6CYANbzPs1g/Uvi3eNyJHtI/AAAAAAAACkI/3X2gjfGJc4k/s1600/shutterstock_9698758.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-6CYANbzPs1g/Uvi3eNyJHtI/AAAAAAAACkI/3X2gjfGJc4k/s1600/shutterstock_9698758.jpg" height="320" width="310" /></a></div>
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Vamos as respostas:<br />
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Sim, a medicina evoluiu.<br />
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<b>No passado, estamos falando de 40/50 anos atrás, ninguém conhecia a história natural do alinhamento das pernas das crianças, então, ter perna torta, seja para dentro ou para fora, independente da idade da criança ou do grau da deformidade, era considerado doença e a conduta universal e indiscriminada era: "O lider do ranking", as botas ortopédicas.</b><br />
<br />
Quando a criança tinha os pés planos, associado ou não, as pernas tortas, mais um motivo para passar as famosas botas ortopédicas.<br />
<br />
<b>Havia um excesso de tratamento, por completo desconhecimento da fisiologia dos membros inferiores , pés e marcha das crianças.</b><br />
<br />
Isso gerou uma cultura, na população, de que sempre a criança precisa de algum aparelho para alguma coisa.<br />
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Cabe ao profissional de saúde, explicar claramente para os familiares o que hoje nós sabemos sobre o alinhamento normal das pernas e pés das crianças, ou seja, na dependência das idades, existem deformidades leves, que são consideradas normais, próprias das idades e, portanto,<b> não devem ser tratadas com aparelhos pois, tem evolução para correção espontânea, respeitando os critérios médicos para cada caso.</b><br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-F0isJDYNbYY/Uvi3nM_OjEI/AAAAAAAACkQ/EWMU1AHcfQU/s1600/86525326.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-F0isJDYNbYY/Uvi3nM_OjEI/AAAAAAAACkQ/EWMU1AHcfQU/s1600/86525326.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
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<b>Estamos falando do geno varo fisiológico, geno valgo fisiológico e dos pés planos fisiológicos.</b><br />
<br />
Quando falo deformidades que são próprias do início da marcha, estou querendo dizer que, mais importante do que prescrever aparelhos, seria fazer o correto diagnóstico e acompanhamento, determinado as idades próprias para a correção espontânea e, quais os motivos que justificariam alguma forma de tratamento, <b>nunca tratar o que é normal para a idade.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Não devemos nunca, cometer excessos de tratamento e nem ceder as pressões de familiares e prescrever qualquer aparelho sem a menor indicação para tratamento de deformidades normais e próprias da idade.</b><br />
<br />
<b>Afinal de contas, o que é normal, não precisa ser tratado.</b><br />
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Nosso papel, na maioria das vezes é o de explicar, criar um vínculo de confiança com a família e de comprometimento com o acompanhamento da criança. Isso exige tempo na consulta, exame fisico detalhado sendo muito mais importante do que olhar a criança rapidamente, conversar pouco com a família e, rapidamente, passar um aparelho ou palmilha que deverão ser renovados semestralmente.<br />
<br />
<b>Uma vez identificado aquelas crianças cuja história natural não esta dentro do esperado, esses sim, deverão iniciar seu tratamento pois, somente nesses casos, que são menos frequentes, o tratamento efetivo é necessário. Mesmo assim, nunca será feito com botas ortopédicas ou órteses noturnas pois, já foram abolidos do arsenal ortopédico, após divulgação de estudos científicos confirmarem sua ineficácia completa para qualquer patologia.</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
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<b>A mensagem é:</b></div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-NzNx7ktVjAU/Uvi3Xgxy6fI/AAAAAAAACj4/3ysiu32WCBE/s1600/children-playing.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-NzNx7ktVjAU/Uvi3Xgxy6fI/AAAAAAAACj4/3ysiu32WCBE/s1600/children-playing.jpg" /></a></div>
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Vamos evitar os excessos de tratamento! O uso indiscriminado de palmilhas e aparelhos noturnos para pés planos e pernas tortas é um erro que deve ser evitado.</div>
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Não precisamos tratar o que é normal e próprio da idade da criança, ou seja, geno varo, geno valgo e pés planos fisiológicos.<br />
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<b>Botas ortopédica nunca mais, são artigo de museu, vamos parar com essa conversa! </b>Foram abolidas e proibidas o seu uso. Se algum médico mencionar o seu uso, por favor, saiam correndo desta consulta!<br />
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Ouçam opiniões de profissionais competentes sobre o assunto, <b>observem a consulta e entendam os argumentos usados pelo profissional. Isso é o mais importante de tudo!</b><br />
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Não deixem cometerem excessos de tratamento para deformidades próprias da idade.<br />
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Obrigado pela atenção.<br />
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Um abraço a todos.<br />
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Dr. Maurício Rangel<br />
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Tel. para marcar consulta: (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.<br />
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