Deformidade nas pernas sempre é
motivo de preocupação e consulta ortopédica. A história natural do alinhamento
das pernas se caracteriza por uma fase de arqueamento (joelhos afastados), seguido
por uma fase de “joelhos juntos” (popularmente chamado de “tesourinha”), até a
fase final, onde as pernas ficam retificadas. De acordo com a idade da criança
e simetria das pernas, podemos saber se está na faixa de normalidade ou não.
“Pernas Arqueadas” (Tíbias Varo Fisiológicas)
Deformidade vista no recém-nascido
que se caracteriza pela presença dos joelhos
afastados e que se exacerba quando a criança inicia a marcha. Nesta fase, além
do afastamento dos joelhos também chama atenção os pés que são virados para
dentro. Quando bilateral e simétrico tende a ser fisiológico com capacidade
de correção progressiva com o crescimento, sem tratamento.
Precisa ser avaliado e
acompanhado regularmente com exame clínico e de imagem. Faz diagnóstico
diferencial com outras patologias que precisam ser excluídas. Tem prognóstico
para correção espontânea, porém, poucos casos evoluem para piora progressiva,
esses são patológicos, ocorrendo em crianças que começam a caminhar cedo e com
sobrepeso. Trata-se de patologia da região do crescimento da tíbia, conhecida
como doença de Blount (principal causa de arqueamento patológico) e precisam
ser corrigidos com cirurgia. CONTINUE LENDO NO NOSSO NOVO SITE: CRIANÇA E SAÚDE! Clique Aui!
“Pernas Tesourinha” (Geno Valgo)
Deformidade que se caracteriza
pelos joelhos juntos, batendo um contra o outro durante a marcha, e afastamento
dos tornozelos, dando um aspecto em "X" das pernas. Surge após os
dois anos de idade e se exacerba até os 4 anos.
Quando bilateral e simétrico nesta faixa
etária tende a ser fisiológico, com correção mesmo sem tratamento, precisa ser
avaliado e acompanhado com exames clínico e de imagem regularmente. Faz
diagnóstico diferencial com outras patologias que precisam ser excluídas. São
comuns em crianças com sobrepeso ou com história familiar positiva em pai e
mãe. Tem comportamento benigno, porém, alguns casos progridem saindo da faixa
de normalidade.
Não há aparelhos, palmilhas ou
botas ortopédicas capazes de mudar a história natural da deformidade.
Os casos que ultrapassaram a
idade de correção espontânea e que encontram-se acima da normalidade, em
adolescentes, por exemplo, devem ser submetidos a procedimento cirúrgico
visando reequilibrar o crescimento do joelho permitindo a correção progressiva
até a maturidade esquelética (Técnica conhecida com Epifisiodese).
Existe uma idade adequada para o
procedimento que difere em meninos e meninas e depende da maturidade
esquelética para sua indicação.
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Obrigada pela atenção,
Equipe Criança e Saúde - (antigo Amadurecendo Com Saúde)
Marcha com pés virados para dentro
Algumas crianças começam a
marcha com os pés virados para dentro, a frente dos pés para dentro, às vezes,
batendo um pé contra o outro a cada passo.
Existem quatro motivos para que isso ocorra:
- Deformidade da frente do pé (chamado pé metatarsovaro).
- Deformidade na coxa (anteversão femoral), vista em crianças quando
sentam sobre os pés em "W".
- Deformidade na perna (torção interna).
- Uma combinação de dois ou três destes fatores.
Uma boa avaliação médica
especializada, com exame clínico adequado é capaz de localizar o problema e
orientar a família adequadamente quanto ao prognóstico deste padrão de marcha.
Um fato frequente encontrado
nessas crianças é a capacidade que tem de sentar com os pés virados para trás, sobre
os pés, o que chamamos sentar em "W", que contribui para exacerbar o
padrão de marcha com pés para dentro (como na foto acima).
Postura adequada para sentar:
Na maioria dos casos o prognóstico é bom, com tendência a correção espontânea progressiva até as idades previstas.
Sabemos que não há aparelhos
que possam acelerar a recuperação como se achava no passado, portanto:
- Faixas elásticas anti-rotatórias nos membros inferiores, usados
durante a marcha são contraindicados e proibidos, não tem benefício.
(faixa elástica)
- Órteses de uso noturno prendendo os pés, com barra metálica, sendo os
pés posicionados em rotação externa, são contra indicados e não tem
benefícios.
- Palmilhas não tem nenhum efeito na torção dos membros durante a marcha
e, portanto, são contraindicadas para este fim.
Na maioria das vezes o
tratamento inicial é expectante, acompanhando e orientando quanto ao uso de
calçados adequados e prática esportiva regular.
Em situações de exceção, o
tratamento cirúrgico será recomendado, só quando os prazos de correção
espontânea terminaram e a deformidade residual for grave, o que não é comum ser
encontrado.
É preciso uma boa avaliação
médica com acompanhamento adequado para determinar as formas de tratamento.
Grande Abraço,