Uma depressão na parede torácica, conhecido como pectus excavatum, "peito de sapateiro" ou "peito escavado" é uma queixa comum vista no consultório.
O pectus excavatum:
O que é?
Trata-se de uma depressão do osso esterno (osso da frente do tórax), cuja causa é desconhecida, sendo a principal teoria a de um crescimento acelerado das costelas em relação ao esterno, empurrando o mesmo para trás.
A deformidade pode ser localizada no centro do tórax ou ser assimétrica.
Não causa dor e a principal preocupação vem a ser o aspecto clínico da deformidade e os possíveis prejuízos funcionais que pode acarretar.
É mais comum em meninos, geralmente havendo história familiar positiva.
A deformidade é vista logo ao nascimento, na maioria dos casos ou, pode surgir mais tardiamente na adolescência.
A evolução é variável, podendo inclusive não sofrer alterações durante o crescimento e ter comportamento estável.
O quadro clínico:
Observamos achatamento do tórax, principalmente quando examinamos a criança, olhando-a de lado.
Alterações posturais adaptativas ocorrem como, desvio dos ombros e do pescoço para a frente;
Aumento da cifose torácica;
Protusão abdomina;l
As crianças geralmente tem atividade física normal, sem queixas pulmonares ou cardiológicas.
O principal questionamento é estético.
A avaliação com imagens:
Radiografia do tórax revela a aproximação do osso esterno em relação a coluna vertebral, refletindo justamente o achatamento do torácico.
Tomografia computadorizada revela o grau de deformidade na parede torácica bem como o desvio do coração e as possíveis áreas de compressão pulmonar.
Provas de função respiratória, na maioria das vezes, não apresentam alterações.
O tratamento:
Na maioria das vezes é não cirúrgico e voltado para as correções das posturas anômalas.
Exercícios fisioterápicos com reeducação postural global visando a melhora do poscionamento do pescoço e ombros, melhora na cifose torácica, fortalecimento da musculatura abdominal são de fundamental importância para a melhora na autoestima do adolescente.
As defomidades leves em crianças devem ser apenas observadas e recomendadas atividade física sem restrição.
Não há indicação para aparelhos ou órteses corretivas.
Indicação cirúrgica é exceção, uma vez que a maioria dos casos são de deformidades leves e não progressivas.
Recomendamos a avaliação clínica e com imagens da deformidade e o acompanhamento periódico durante o crescimento da criança.
Um abraço a todos,
Dr. Maurício Rangel
Tel. (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239
E-mail: dr.mauriciorangel@yahoo.com.br
Obrigado pelas dicas, fiquei muito preocupado porem agora estou mais tranquilo.
ResponderExcluirObrigado.
obrigada pelas dicas. me ajudou a entender o porque de muita coisa e já coloquei seu blog na barra dos favoritos. ; )
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